Rui Gomes da Silva, de 61 anos, que foi vice-presidente numa das direções de Luís Filipe Vieira, apresentou através de comunicado um manifesto sob o lema “O Benfica é nosso! Dos sócios. Dos Benfiquistas”.

“Apresento-me nestas eleições com um objetivo muito claro, devolver o clube aos seus verdadeiros donos, os sócios. Porque o Benfica não é um negócio, porque o Benfica não é um projeto financeiro, porque o Benfica não é uma infraestrutura, porque o Benfica não é, nem pode ser, um entreposto de jogadores”, defendeu Rui Gomes da Silva.

Na promoção da sua candidatura, o ex-vice ‘encarnado’ diz que é o momento de “recuperar o Benfica dos benfiquistas”, em oposição “ao atual Benfica dos negócios obscuros, dos processos judiciais e da falta de resultados”.

O ex-ministro deixa críticas ao atual presidente, de cuja lista já fez parte e com o qual entrou em rotura, frisando que o seu projeto se caracteriza “pelo rigor, responsabilidade, seriedade e transparência”.

Rui Gomes da Silva diz ter um programa capaz de dotar o Benfica da capacidade para vencer a Liga dos Campeões, masculina e feminina, e ter hegemonia no futebol português, além de apontar a títulos europeus também no futsal ou hóquei em patins.

No manifesto, Gomes da Silva diz pretender limitar os mandatos para os órgãos sociais do Benfica, quando o atual presidente, Luís Filipe Vieira, que chegou à presidência em 2003, cumpre o quinto mandato.

Além de Rui Gomes da Silva, na corrida às eleições do Benfica já se perfilaram Luís Filipe Vieira, o empresário João Noronha Lopes, que foi vice-presidente da direção de Manuel Vilarinho, em 2000/2001, bem como o empresário Bruno Costa Carvalho.

Noronha Lopes apresentou a sua candidatura em 23 de julho, enquanto Bruno Costa Carvalho anunciou em 26 de maio que é candidato, apesar de os estatutos obrigarem a 25 anos de sócio efetivo [sócio após a maioridade], sendo este associado desde 2002.