"Temos de ganhar o jogo de amanhã (terça-feira) para podermos chegar à final, antes disso, não podemos falar em repetir a história de há 11 anos. Temos um jogo contra um adversário que tem o seu mérito por estar aqui, eliminou três equipas da I liga que estavam no seu grupo, inclusive o detentor do troféu [Moreirense]", disse na conferência de imprensa de antevisão.
O Vitória de Setúbal é penúltimo da I Liga, estando em zona de despromoção, tal como a Oliveirense, mas na II Liga (18.ª classificada).
"Se tivermos a tentação de olhar já para a final, estamos mais próximo de não ter sucesso neste jogo. É uma partida que não tem prolongamento e teremos de jogar com maior intensidade durante os 90 minutos. É uma final, e se queremos jogar o último jogo desta competição, temos de a encarar como tal", reforçou.
Segundo José Couceiro, "a diferença de qualidade técnica entre as equipas das II e da I ligas da segunda metade da tabela não é assim tão grande", notando que, "hoje, as equipas da II Liga estão habituadas a jogar duas vezes por semana, com um calendário apertado, e com intensidade".
Por tudo isso, o técnico dos sadinos, vencedores da primeira edição da Taça da Liga (2007/08), quer a equipa "empenhada, com qualidade" e "com o mesmo espírito de quando joga contra equipas de maior dimensão", dando o exemplo do recente jogo com o Sporting.
"Temos de ser rigorosos, intensos e jogar bem. Sabemos que o adversário nos vai dar o favoritismo, mas não vamos cair nesse engodo. Vamos querer estar por cima no jogo e controlá-lo, mas temos de marcar", disse.
O treinador disse conhecer bem o adversário, "uma equipa que tem bons executantes, que nas transições põe muita gente na frente, que tem uma mescla de jovens que querem aparecer com jogadores mais experientes que ajudam a controlar a ansiedade".
O Vitória de Setúbal tem tido uma época difícil desportivamente e em termos internos, pelo que uma vitória na terça-feira e consequente apuramento para a final da Taça da Liga seria "importante para os adeptos, que têm sofrido".
"Não tem sido fácil, o Vitória é uma equipa com grande potencial, temos dimensão e representamos não só uma cidade, como uma região. Se atingirmos a final, este estádio vai ter do nosso verde e branco num lado. Temos dez finais da Taça de Portugal, vencemos quatro, a história cria essa responsabilidade e nós gostamos dela. É um orgulho, e digo aos jogadores que para entrármos na história temos de jogar a final", disse.
Vasco Fernandes, Yannick Djaló e Nenê Bonilha estão lesionados e não podem ser opção para o técnico sadino, que trouxe 22 jogadores para Braga.
O jogo com a Oliveirense tem lugar no Estádio Municipal de Braga, às 20:45 de terça-feira.
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