“Sem dúvida. É o meu objetivo. Disse o ano passado que era o meu objetivo e não era irrealista. Até bem tarde tínhamos essa possibilidade. Este ano tenho de novo essa hipótese, talvez mais. É o meu objetivo. Obviamente, nunca é fácil, senão qualquer um o conseguia. Vamos ter muitas dificuldades pelo caminho, mas é para isso que me estou a preparar e a finalizar todos os pequenos detalhes, pois vai contar tudo. Eu quero lutar pelo campeonato, não há duvidas”, vincou.
Em declarações à agência Lusa, a dias da estreia no Mundial, na sexta-feira, em Marrocos, o piloto portuense, que cumpre a sexta época pela Honda, e que tinha sido quinto em 2010 e 2014, considerou que 2017 “vai ser um ano aberto, competitivo, com vários pilotos capazes de ganhar provas”, pelo que entende ser crucial “aproveitar todos os pontos possíveis, pois todos os momentos vão ser importantíssimos”.
Tiago Monteiro, de 40 anos, vai manter o húngaro Norbert Michelisz, de 32, como companheiro, numa equipa que vê chegar o japonês Ryo Michigami, de 44.
Além de Michelisz, o antigo colega Robert Huff, da Citroën, será outro dos grandes rivais, num ano que vai ter “cinco ou seis pilotos a poder lutar pela vitória em todas as corridas”.
“O Norbert está na minha equipa, com o mesmo carro que eu e é um piloto cada vez mais forte. O Robert é também um grande piloto, mas, neste caso, tem o melhor carro do pelotão. Isso é que vai ser a grande dificuldade. Podem ser os dois mais difíceis, mas não podemos descartar a Volvo, com três pilotos fantásticos”, avisou.
Depois de “um dos melhores anos” da carreira, Tiago Monteiro deseja “sempre mais”, motivo pelo qual teve um inverno “muito trabalhoso” para estar preparado, já que, assume, “a concorrência não ficou a dormir”: “o carro a bater continua a ser o Citroen, mas a Volvo está a subir em força, cada vez mais”.
“Sei o que posso fazer. Sou bastante realista. Quando sei que tenho material para lutar, digo. Se estiver motivado, como estou, e bem preparado os resultados surgem. A não ser que nossos concorrentes tenham descoberto um milagre qualquer e nos vão chatear mais do que o previsto... Deu para ver nos testes que estão fortes, mas vamos estar na luta”, sublinhou.
O campeonato é composto por 10 etapas e a quinta é em Portugal, em Vila Real, de 23 a 25 de junho, numa prova que venceu em 2016.
“É excelente correr em casa. Ter a oportunidade e sorte do Campeonato do Mundo passar pelo seu país é oportunidade incrível, poucos países têm essa sorte. Adoro esse evento. Correu-me excelente o ano passado e obviamente quero voltar a brilhar. No primeiro ano foi complicado, melhorou no segundo. A ver como será no terceiro. É fantástico correr em casa. É inesquecível”, frisou.
Tiago Monteiro diz ainda que o circuito de Vila Real “é um dos mais difíceis do mundo”, considerando que “é preciso realmente muita confiança (no carro e equipa) e coragem” no traçado citadino que “não é normal”.
O campeonato de 2017 recupera as provas de Macau e de Monza.
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