A mesma fonte apontou que “a Comissão interveio como habitualmente para defender os interesses da indústria da União Europeia na altura em que as medidas iniciais foram postas em prática” e sublinhou que, agora que as taxas estão a ser revistas, o executivo comunitário “continua pronto a providenciar qualquer assistência processual”, caso as medidas sejam contestadas, algo que a Navigator já anunciou que faria.
Num comunicado enviado na semana passada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Navigator indicou que iria contestar judicialmente a taxa aplicada pelos Estados Unidos sobre as suas vendas naquele país, que tem um impacto de milhões de euros nas contas da empresa portuguesa.
A empresa refere no comunicado que, “depois de ter sido informada pelas autoridades norte-americanas, em abril deste ano, que a taxa ‘antidumping’ provisória a aplicar retroativamente nas vendas de papel para os Estados Unidos, para o período compreendido entre agosto de 2015 e fevereiro de 2017, seria de 0%, foi notificada pelo United States Department of Commerce (Departamento de Comércio dos Estados Unidos da América) que a taxa final sobre vendas realizadas durante esse período seria de 37,34%”.
No entanto, a Navigator “continua a defender que não existem fundamentos para a aplicação de medidas desta natureza às vendas dos seus produtos nos Estados Unidos e vai recorrer dessa decisão”, vinca no mesmo comunicado a empresa portuguesa, que está presente naquele país há 18 anos.
A empresa dedicada à área do papel liderou hoje os ganhos no principal índice da bolsa de Lisboa (PSI20), depois da descida significativa registada nos últimos dias, tendo avançado 4,19% para 4,47 euros.
Na quarta-feira, os títulos da Navigator desceram 4,45%, na terça-feira recuaram 2,30% e no dia anterior registaram uma desvalorização de 7,74%.
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