Moscovici, numa entrevista à rádio France Inter explicou que após a visita a Roma, durante o fim de semana, espera que o executivo italiano cumpra o prazo que ficou estabelecido — meio dia de hoje – e forneça as respostas que foram pedidas.
A poucas horas do prazo estabelecido pelo comissário europeu para que o governo de Roma se pronuncie, a Bolsa de Milão abriu em alta, a subir 1,72% situando-se nos 19.407,91 pontos,
Sobre a possibilidade de Bruxelas interferir no orçamento, Moscovici disse na mesma entrevista que o “máximo” que pode ser feito é “pedir a Itália que volte a apresentar um outro orçamento”.
“Mesmo isso não seria o fim da história”, afirmou sublinhando que o atual orçamento vai aumentar o défice estrutural em 0,8 pontos em vez de diminuir 0,6 pontos.
Moscovici referiu-se também aos riscos da dívida pública, que já atingiu os 132% do Produto Interno Bruto (PIB), e que “pode aumentar” porque as hipóteses de crescimento não são credíveis.
O comissário disse que não gosta da expressão “orçamento do povo” utilizada pelo governo italiano porque “um orçamento que aumenta a dívida não é um orçamento para o povo”.
Mesmo assim, insistiu que as políticas sociais defendidas pelos responsáveis italianos “são compatíveis” com o respeito pelas regras da Zona Euro.
Questionado sobre se a Comissão Europeia também enviou cartas a França, assim como a seis países, por causa dos respetivos orçamentos, Moscovici afirmou que as situações “não são comparáveis”.
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