De manhã, o ministro das Finanças será ouvido na Comissão parlamentar de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa, pela primeira vez depois de ter sido eleito, no passado dia 04 de dezembro, presidente do fórum de ministros das Finanças da zona euro.
Depois do debate na Assembleia da República, Moscovici e Centeno encontram-se para trocar pontos de vista sobre os principais temas a serem debatidos entre os responsáveis das Finanças da zona euro nos primeiros meses de mandato do ministro português.
O encontro acontece depois de o presidente eleito do Eurogrupo ter recebido em Lisboa o diretor do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE), Klaus Regling. Numa nota divulgada na terça-feira no twitter’, Centeno afirmou que foi uma “boa discussão sobre os próximos passos para a reforma da zona euro”.
No quadro da discussão sobre o aprofundamento da União Económica e Monetária, e com base nas propostas já postas em cima da mesa pela Comissão, ficou definido que o Eurogrupo e o Ecofin (ministros da Economia e das Finanças da União Europeia) vão prosseguir esse trabalho sob a liderança de Mário Centeno.
Em março haverá uma nova reunião do Conselho, provavelmente no formato dos 19 membros da zona euro, para os líderes fazerem o ponto da situação e darem as orientações políticas para continuar os trabalhos a esse nível do Eurogrupo e do Ecofin, indicou na semana passada o primeiro-ministro, António Costa.
O objetivo é que em junho possam ser tomadas “decisões finais”, sendo que, segundo António Costa, há “uma vontade muito clara de todos de que esta matéria tem de ter uma condução política muito firme por parte do Conselho e que, portanto, não pode ficar confiada exclusivamente ao debate entre ministros das Finanças, porque o que está em causa, em primeira linha, são opções políticas, e essas é ao Conselho Europeu que cabe tomar”.
Numa primeira mensagem na sua conta oficial do twitter, Mário Centeno disse ter “o compromisso de conduzir a discussão para alcançar o consenso necessário à construção de uma UEM [União Económica Monetária] com um quadro institucional mais resiliente, promovendo a convergência económica e indo ao encontro das expectativas dos cidadãos”.
Mário Centeno iniciará funções em 13 de janeiro, data do final do mandato de Dijsselbloem, atual presidente, e presidirá pela primeira vez a uma reunião do Eurogrupo no dia 22 do mesmo mês, em Bruxelas.
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