Em comunicado, Georgieva afirmou que preveniu os ministros das Finanças e os governadores de bancos centrais que as perspetivas de crescimento mundial para 2020 eram "negativas" e indicou que se espera uma recessão "pelo menos tão grave como a da crise financeira mundial ou até pior".

Em 2009, o Produto Interno Bruto (PIB) mundial baixou 0,6%, segundo dados do FMI. Nas economias avançadas, o recuo foi de 3,16% e de 4,08% nos países da zona euro.

"Mas esperamos uma recuperação em 2021", acrescentou, mais otimista. No entanto, "para conseguir isso, é preciso dar prioridade ao isolamento e reforçar os sistemas de saúde" em todo o mundo.

"O impacto económico é e será grave, mas quanto mais depressa o vírus for travado, mais rápida e forte será a recuperação", considerou.

A pandemia de covid-19 obrigou muitos países a suspenderem ligações aéreas, encerrar lojas, bares e restaurantes e limitar as movimentações de milhões de pessoas, isoladas em casa, parando a atividade económica mundial.

O FMI afirmou que apoia "vigorosamente as medidas orçamentais extraordinárias já aprovadas em vários países para reforçar os sistemas de saúde e proteger os trabalhadores e empresas afetados".

A diretora-geral da instituição defendeu ainda mais esforços, lembrando que as economias mais avançadas estão "geralmente melhor colocadas para responder à crise", enquanto os mercados emergentes e os países mais pobres enfrentam "desafios importantes".

Georgieva lembrou que os investidores já retiraram 83 mil milhões de dólares dos mercados emergentes desde o início da crise, "a maior saída de capitais de sempre".

O FMI tem intensificado "o financiamento de urgência", numa altura em que perto de 80 países dos 189 países membros solicitaram assistência financeira e reiterou que pode mobilizar um bilião de dólares, o equivalente a toda a sua capacidade de financiamento.

Num comunicado separado, o Banco Mundial referiu que aprovou um pacote de ajuda imediata de 14 mil milhões de dólares para lutar contra o impacto do novo coronavírus.

"Preparamos igualmente projetos em 49 países (...) com decisões esperadas esta semana em pelo menos 16 programas", disse o presidente da instituição, David Malpass, citado no texto.

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