De acordo com o BdP, em setembro, as balanças corrente e de capital atingiram um saldo de 1,2 mil milhões de euros, o que corresponde a um aumento de mil milhões de euros face ao mesmo mês do ano passado.
No caso da balança de bens e de serviços, o BdP assinala que esta se tornou excedentária, com um saldo de 756 milhões de euros — mais 970 milhões de euros em termos homólogos.
Ao mesmo tempo, o défice da balança de bens recuou 320 milhões de euros, para 2.136 milhões de euros, que o banco central atribui “a decréscimos das importações, de 961 milhões de euros (-10,6%), e das exportações, de 641 milhões de euros (-9,7%).
No caso da balança de serviços, o excedente passou de 2.241 milhões de euros par 2.892 milhões de euros, tendo as importações de serviços diminuído 6,2% e as exportações aumentado 11,7%.
“O incremento das exportações reflete, sobretudo, o contributo das viagens e turismo (+399 milhões de euros), que totalizaram 2.789 milhões de euros, o valor mais elevado da série para um mês de setembro”, explica o BdP.
O saldo da balança de rendimento primário teve um défice de 270 milhões de euros (contra um défice de 272 milhões de euros no mês homólogo) e o da balança de rendimento secundário apresentou um saldo positivo de 499 milhões de euros (491 milhões de euros em 2022).
Quanto à evolução desde o início do ano, o BdP destaca que a diminuição do défice da balança de bens se deveu à redução das exportações ter sido inferior à redução das exportações, enquanto o aumento do excedente da balança de serviços terá sido apoiado pela evolução do saldo de viagens e turismo.
Já o aumento do excedente da balança de capital, de 936 milhões de euros, é “devido maioritariamente a uma maior atribuição aos beneficiários finais de fundos recebidos da União Europeia com vista ao investimento.
Quanto à sua posição de investimento internacional, Portugal apresentou o seu rácio menos negativo desde o quarto trimestre de 2005, ao registar -74,3% do seu produto interno bruto (PIB), o equivalente a -193,5 mil milhões de euros, no final de setembro de 2023.
Já a dívida externa líquida recuou de 161,6 mil milhões de euros (66,7% do PIB) no final de 2022, para 149,2 mil milhões de euros (57,3% do PIB) no final do terceiro trimestre.
As estatísticas da balança de pagamentos serão atualizadas pelo BdP em 20 de dezembro de 2023.
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