“A unidade deverá parar totalmente no final deste mês e vamos começar a fase de descomissionamento. A descontaminação será mais tarde e, portanto, do ponto de vista de geração de ‘cashflow’, este é um processo que vai demorar muito, muito tempo, mas sem diferenças face aos números previstos”, afirmou o diretor financeiro (CFO) da Galp, Filipe Crisóstomo, durante um ‘webcast’ para apresentação dos resultados do primeiro trimestre da petrolífera.
Descrevendo como um “número histórico” o valor avançado no ano passado aquando do anúncio do encerramento da refinaria de Matosinhos – uma poupança de custos na ordem dos 90 a 100 milhões de euros anuais –, o CFO disse que “não há, nesta fase, indicações de que os números serão diferentes”.
Segundo precisou, esse valor inclui cerca de 60 milhões de euros de poupanças em despesas operacionais e 30 milhões de euros em despesas de capital recorrentes.
A Galp anunciou no final do ano passado a concentração das suas operações de refinação no complexo de Sines e a descontinuação das operações na refinaria de Matosinhos a partir de 2021.
Num comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Galp justificou a decisão com as “alterações estruturais dos padrões de consumo de produtos petrolíferos motivados pelo contexto regulatório e pelo contexto covid-19”, que “originaram um impacto significativo nas atividades industriais de ‘downstreaming’”, assegurando que “o aprovisionamento e a distribuição de combustíveis no país não serão impactados por esta decisão”.
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