“Para já, a apreciação provisória que fazemos da greve permite-nos dizer que cumpriu os objetivos dos trabalhadores, conseguimos baixar as cargas nas unidades operacionais de Sines e Porto e registámos uma adesão nas áreas operacionais de 70% em Sines e de 80% no Porto”, afirmou Hélder Guerreiro.
O também dirigente do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Sul (SITE Sul) disse que a paralisação na Petrogal teve como consequência “a interrupção do abastecimento nos terminais de Sines e Leixões”.
Os trabalhadores da Petrogal iniciaram às 00:00 de segunda-feira uma greve de cinco dias e meio em defesa dos seus direitos laborais e regalias sociais e pela negociação coletiva.
A greve, que terminou às 14:00 de hoje, foi convocada pelo Sindicato da Indústria e Comércio Petrolífero (SICOP) e pela Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Elétricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas (FIEQUIMETAL).
Os trabalhadores protestaram pelos seus direitos laborais, pelos regimes de saúde e de reformas e outras regalias sociais.
Em causa esteve também o regresso às negociações tripartidas, entre a empresa e a Comissão Sindical, sob a mediação do Ministério do Trabalho.
Os sindicatos que convocaram a paralisação consideraram que a administração da empresa não respeita a negociação, nem as recomendações do Ministério.
Segundo a Fiequimetal, a greve teve como objetivo “colocar um travão na continuada perda de direitos dos últimos anos, em que a Fiequimetal e o SICOP têm sido afastados da negociação coletiva”.
Helder Guerreiro lamentou que, desde há cinco anos, os despachos governamentais sobre os serviços mínimos, ao garantirem “serviços máximos”, têm “limitado o impacto da greve”, o que tem sido “ignorado pelo Governo”, além de “estarem do lado do patrão”.
Os trabalhadores da Petrogal, empresa do grupo Galp Energia, fizeram várias greves em 2017.
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