O Departamento de Justiça dos Estados Unidos acusa a Harley-Davidson de ter vendido cerca de 340 mil "super-tuners", que ajudam a aumentar o rendimento das motos, mas fazem com que estas não cumpram as normas de poluição impostas durante sua homologação. A empresa também vendeu diretamente 12 mil motos equipadas com este acessório entre 2006 e 2008.
Além de pagar uma multa de 10,6 milhões de euros, a Harley-Davidson deverá, como medida de compensação, investir outros 2,6 milhões de euros a substituir os velhos aquecedores a lenha em comunidades locais nos Estados Unidos por calefatores menos poluentes. Esta medida é parte de um programa para reduzir as emissões poluentes, seja qual for a sua origem, disse o Departamentode Justiça.
O fabricante de motos deverá, ainda, comprar os "super-tuners" que ainda estão no mercado e destruí-los.
Em comunicado, a Harley-Davidson afirmou que a multa não constituía um reconhecimento de culpabilidade. Ao contrário dos automóveis, as motos nos Estados Unidos não são submetidas a controles regulares e obrigatórios das suas emissões depois de já estarem em circulação. Deste modo, os proprietários de motos equipadas com este dispositivo não terão que se ajustar às normas, como ocorreu no caso dos automóveis Volkswagen, marca que instalou em alguns dos seus veículos a diesel um software que altera os dados de emissões de gases poluentes.
Fundada em 1903 e conhecida mundialmente pelas suas motos de grande cilindrada e de dois cilindros, a Harley-Davidson, com sede em Milwaukee, no Wisconsin, vendeu em 2015 cerca de 265 mil motos em todo o mundo, 168 mil delas nos Estados Unidos.
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