Fonte oficial da empresa que produz o modelo Canter, disse hoje à agência Lusa que a fábrica, “devido aos problemas de abastecimento, está a trabalhar no limite”, dando conta de uma situação insustentável a curto prazo.
“Se a situação de abastecimento de gás não normalizar rapidamente admitimos ter de parar a produção e fechar a fábrica”, avançou a mesma fonte daquela unidade fabril instalada no distrito de Santarém, e que exporta para mais de 30 países de todo o mundo.
Com cerca de 500 colaboradores, os principais destinos da produção dos vários modelos da Canter produzidos pela MFTE na fábrica do Tramagal têm sido a Alemanha, Reino Unido, Portugal, Itália, Espanha, Marrocos, Irão, Holanda, Bélgica, Irlanda, Suíça, República Checa, Estados Unidos, França, Israel, Polónia e Turquia.
A greve dos motoristas de matérias perigosas, que começou às 00:00 de segunda-feira, foi convocada pelo Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP), por tempo indeterminado, para reivindicar o reconhecimento da categoria profissional específica.
Na terça-feira, gerou-se a corrida aos postos de abastecimento de combustíveis, provocando o caos nas vias de trânsito.
O primeiro-ministro admitiu hoje alargar os serviços mínimos e adiantou que o abastecimento de combustível está “inteiramente assegurado” para aeroportos, forças de segurança e emergência.
Na terça-feira, alegando o não cumprimento dos serviços mínimos decretados, o Governo avançou com a requisição civil, definindo que até quinta-feira os trabalhadores a requisitar devem corresponder “aos que se disponibilizem para assegurar funções em serviços mínimos e, na sua ausência ou insuficiência, os que constem da escala de serviço”.
No final da tarde de terça-feira, o Governo declarou a “situação de alerta” devido à greve, avançando com medidas excecionais para garantir os abastecimentos e, numa reunião durante a noite com a Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM) e o sindicato, foram definidos os serviços mínimos.
Militares da GNR estão de prevenção em vários pontos do país para que os camiões com combustível possam abastecer e sair dos parques sem afetarem a circulação rodoviária.
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