O reflexo prático do acordo “será mais mediático” e jogado no campo do “marketing político do executivo, junto dos credores e dos parceiros internacionais, em vez da vida quotidiana dos moçambicanos”, referiu, em resposta a questões colocadas pela Lusa.

Moçambique “continuará a liderar os países africanos com maior proporção da dívida em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), não só por causa das dívidas legalizadas, mas porque a governação continua apostada em desidratar os recursos das famílias e das empresas para reforçar o intervencionismo estatal”, notou o economista e investigador do Instituto de Estudos Sociais e Económicos (IESE).

Moçambique anunciou acordo que tentou evitar, mas que teve de aceitar

O economista moçambicano António Francisco considerou que Moçambique tentou evitar um acordo nos termos anunciados com os credores dos eurobonds - fatia das dívidas ocultas de dois mil milhões de dólares -, mas teve de o aceitar.

"É o acordo a que o Governo Moçambicano resistiu ou tentou evitar nos dois últimos anos, mas acabou por aceitá-lo como forma de procurar sair do beco complicado em que mergulhou, por várias razões", referiu o investigador que acompanha as contas públicas do país.

Para o economista, o Governo tentou que os credores "fossem mais complacentes" e procurou "misturar as três grandes dívidas ocultas que colocaram Moçambique em default seletivo, em parte porque elas faziam parte de um único pacote".

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