Num comunicado que antecede a Síntese de Execução Orçamental que será publicada hoje pela Direção-Geral do Orçamento, o ministério adianta que “o saldo global do subsetor da Segurança Social atingiu, em novembro, o valor de 3.112,4 milhões de euros, superando o saldo homólogo em 36,7% (835,2 milhões de euros)”.

“Este resultado praticamente duplica o saldo previsto no Orçamento do Estado para 2019, que apontava para 1.664,5 milhões de euros”, sublinha o ministério liderado por Ana Mendes Godinho.

O ministério frisa que o resultado da execução até novembro reforça “de forma mais acentuada a sustentabilidade da Segurança Social”.

Segundo a proposta de Orçamento do Estado para 2020 (OE2020), o esgotamento do Fundo de Estabilização da Segurança Social é adiado 10 anos face ao previsto em 2019, para a segunda metade da década de 50, recorda a mesma fonte.

No comunicado, o Ministério do Trabalho adianta ainda que a receita da Segurança Social aumentou 2.104,2 milhões de euros (8,6%) até novembro, para 26.549,6 milhões de euros.

Já a despesa cresceu 1.269 milhões de euros (5,7%), tendo ficado nos 23.437,2 milhões de euros.

“O aumento da receita continua a ser fortemente suportado pelo crescimento das contribuições e quotizações”, que registaram um acréscimo homólogo de 8,7% (mais 1.302,9 milhões de euros face a novembro de 2018), destaca o Ministério.

Quanto à despesa, registaram-se aumentos com a generalidade das prestações sociais, traduzindo-se num acréscimo de despesa de 1.269,1 milhões de euros, mais 5,7% face ao mesmo período de 2018.

Para 2020, o orçamento da Segurança Social "traduz a continuidade das políticas de combate à pobreza e de reforço da proteção e da coesão social na sociedade portuguesa, com um reforço da despesa com as prestações sociais e com a ação social superior a 1.100 milhões de euros, num cenário em que o saldo global deverá, face à previsão de execução do orçamento de 2019, ser reforçado em 12,1% (mais 294,8 milhões de euros)", sublinha o ministério.