A decisão do PEV, que tem dois deputados, foi tomada em reunião da comissão executiva, por videoconferência, e tornada pública pouco depois de também o PCP ter anunciado a sua abstenção.
Fonte oficial do PEV justificou a decisão de manter a abstenção (que já tinha sido o seu voto na generalidade) não só pela aprovação de 32 medidas propostas pelo partido, algumas das quais consideradas “prioritárias”, mas também pelo “novo documento” originado pela totalidade das medidas aprovadas na especialidade, com ou sem o voto do PS.
“Na análise desse novo documento, ‘Os Verdes’ entendem que se devem abster. Ainda há outras propostas que teria todo o sentido serem aprovadas, face à gravidade da situação, para dar resposta económica, social e ambiental aos problemas do país. De qualquer forma, o que já foi aprovado é considerado substancial e permite a viabilização do orçamento”, justificou a mesma fonte.
Entre as medidas d’”Os Verdes” aprovadas na especialidade, o partido destaca a elaboração de um plano ferroviário nacional, a avaliação estratégica ambiental para o futuro aeroporto ou a possibilidade de deduzir no IRS as despesas com máscaras de proteção e gel desinfetante.
Ficam a faltar pelo menos três abstenções para que o documento seja aprovado, depois de o BE ter anunciado que manterá o voto contra.
O PS, com 108 deputados, precisa de oito votos a favor de outras bancadas ou de 15 abstenções para fazer passar o orçamento.
Com o voto contra, além do BE, das bancadas da direita (PSD, CDS-PP, Chega e IL), falta ainda conhecer o sentido de voto do PAN, que, se mantiver a abstenção da generalidade, é suficiente para garantir a aprovação do documento.
O partido Pessoas-Animais-Natureza marcou para as 09:30 de quinta-feira uma conferência de imprensa no parlamento para anunciar o seu sentido de voto.
Também as deputadas não inscritas Joacine Katar Moreira e Cristina Rodrigues, que se abstiveram na generalidade, ainda não revelaram o que farão na votação final global.
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