Segundo avança hoje notícia do jornal Público, a subida do peso da despesa pública sobre o PIB será a maior desde que se sabe, 1953, ano até onde vão os registos do Banco de Portugal.
De acordo com o diário, com a proposta de alteração do Orçamento do Estado entregue na passada terça-feira pelo ministro das Finanças cessante, Mário Centeno, o peso da despesa pública no PIB vai passar de 42,7% para 49,7%, ou seja, com o aumento de sete pontos percentuais, o Estado vai representar perto de metade da economia nacional.
Tal subida é consequência das medidas do Governo para tentar suportar a economia num momento em que o setor privado registou uma paragem abrupta devido à pandemia da covid-19.
Detalha o Público que a subida mais próxima de há registo remota a 1981, quando o aumento do peso da despesa pública no PIB foi de 5,7 pontos percentuais. Mais recentemente, depois da crise financeira de 2008, o aumento que se verificou em 2009 foi de 4,9, mantendo-se neste registo até se iniciar a retoma económica em 2015.
O aumento dos subsídios — principalmente para financiar a medida de lay-off —, as despesas sociais e as despesas de capital, como os perto de mil milhões reservados para injetar na TAP, são reconhecidos como as principais causas deste aumento, ao mesmo tempo que a economia contrai.
Segundo as previsões do Governo, segue o diário, o PIB vai diminuir 5,9% em termos nominais e 6,9% em termos reais, ao passo que a despesa pública vai crescer 9,5%.
No entanto, como parte das medidas para aliviar as famílias e as empresas durante o período de crise, a carga fiscal vai descer, avançando o Público de que vão ser obtidos menos 5200 milhões de euros do que estava previsto no Orçamento do Estado, significando isso uma queda de 7,8% em relação a 2019. Também as contribuições à segurança social vão cair em cerca de 5,1%
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