Resultante da posição de investimento de capital (PII) do país, excluindo os instrumentos de capital, ouro em barra e derivados financeiros, a dívida externa líquida passou de 85,1% do PIB no final de 2019 para 85,4% em março de 2020, refere o Banco de Portugal (BdP).

Segundo os dados do banco central, no final de março de 2020 a PII de Portugal situou-se em -212,3 mil milhões de euros, o que traduz uma redução da posição negativa em aproximadamente 1,7 mil milhões de euros em relação ao final de 2019.

“Para a variação da PII contribuíram sobretudo as variações de preço (+4 mil milhões de euros) parcialmente compensadas pelas transações (-1,2 mil milhões de euros), pelos outros ajustamentos (-0,8 mil milhões de euros) e pelas variações cambiais (-0,4 mil milhões de euros)”, explica o BdP.

Relativamente às variações de preço, salienta-se a desvalorização dos títulos de participação de capital detidos por não residentes, na componente de passivos da posição de investimento internacional, que foi superior à desvalorização das unidades de participação em fundos de investimento, na componente de ativos.

Os outros ajustamentos, nota, “decorrem sobretudo do encerramento de uma sucursal no exterior detida por uma entidade residente”.

No período em análise, a PII em percentagem do PIB registou uma variação positiva de 0,6 pontos percentuais, passando de -100,8% no final de 2019 para -100,2% em março de 2020.