O ramo vida recuou 18,2%, "tendo sido relevante para este decréscimo a diminuição verificada nos seguros de vida ligados (45,5%), em particular nos PPR (74,4%)", indica o relatório da ASF sobre a evolução da atividade seguradora no segundo trimestre do ano.

Já os ramos “Não Vida” registaram um crescimento de 10,4%, com a ASF a destacar o crescimento de 16,6% no ramo “Doença”, cujo peso relativo na produção passou a ser de 21,4% no final do período.

Até junho, os montantes pagos aumentaram 13,4%, tendo para isso sido “determinantes” os crescimentos de 14,3% no ramo “Vida” e de 11,6% nos ramos “Não Vida”.

Segundo o relatório, a evolução do ramo “Vida” foi potenciado pela variação positiva de 26,4% verificada nos seguros de Vida Não Ligados (incluindo os PPR Não Ligados), enquanto para o crescimento dos ramos “Não Vida” contribuíram os ramos “Doença” (21,3%), “Incêndio e outros danos” (33,6%) e “Automóvel” (6,1%).

No período, o valor das carteiras de investimento das empresas de seguros totalizou 50.300 milhões de euros, um decréscimo de 0,9% face ao final do ano anterior, enquanto o volume de provisões técnicas foi de 42.800 milhões de euros, menos 1,4%.

As provisões técnicas afetas a seguros PPR ascendiam a cerca de 13.600 milhões de euros, valor que representa uma redução de 5,5% face ao final de 2022.

O relatório de evolução da atividade dos fundos de pensões indica ainda que o rácio de cobertura do Requisito de Capital de Solvência (SCR) – medida do montante de fundos próprios necessários para a absorção das perdas resultantes de um evento de elevada adversidade (VaR 99,5%, um ano) e que resulta da agregação das cargas de capital relativas aos vários riscos a que as empresas de seguros se encontram expostas – foi de 202% no final de junho, um acréscimo de cinco pontos percentuais face ao final de 2022.

Já o rácio de cobertura do Requisito de Capital Mínimo (MCR) – nível mínimo de fundos próprios abaixo do qual se considera que os tomadores de seguros, segurados e beneficiários ficam expostos a um grau de risco inaceitável – foi de 549%, um aumento de cerca de 32 pontos percentuais face ao final do ano anterior.