O sindicato ligado à CGTP diz que a greve abrange todos os trabalhadores da empresa pública, sejam ou não sindicalizados.

No comunicado hoje divulgado, o Sinttav disse que marcou a greve após várias “tentativas e apelos” que não tiveram acolhimento da administração da empresa para “modificar a política discriminatória de reenquadramentos e reclassificações profissionais”.

Já no início de setembro, o Sinttav tinha dito que havia na RTP centenas de pedidos de reenquadramento de trabalhadores por desempenharem funções acima do que lhes é pago, mas que a RTP indicou que, este ano, pretendia fazer 50 reenquadramentos profissionais.

“Uma empresa que faz apenas cinquenta progressões profissionais num universo de mais de 1.800 trabalhadores, não tem uma gestão, tem administradores de uma missão falida, porque uma empresa assim não pode ter futuro, nem a curto, nem a longo prazo”, considerou então o Sinttav.

No comunicado hoje divulgado, o sindicato acusou ainda a RTP de não fazer a atualização salarial extraordinária que o Governo recomendou às empresas públicas nem de atualizar as ajudas de custo, considerando que a postura da administração liderada por Nicolau Santos é não responder aos problemas dos trabalhadores e “empurrar as questões para a frente”.

Assim, o Sinttav diz que enviou na terça-feira um pré-aviso de greve “ao trabalho suplementar e a todo e a qualquer trabalho efetuado em dia feriado” a começar em 05 de outubro por tempo indeterminado.