A greve inicia-se às 00:00 de terça-feira, mas os turnos que começam antes das 00:00 antecipam a paralisação, que termina às 08:00 de quarta-feira.
“Os motivos da greve têm a ver com os aumentos salariais, em que as propostas feitas pela empresa não repõem o poder de compra dos trabalhadores e levam a uma grande perda, tendo em conta a inflação e a carestia de vida que estamos a atravessar”, disse Mário Matos, do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Centro Sul e Regiões Autónomas (SITE/CRSA) e também trabalhador na empresa.
“Desde 2015, já tivemos aumentos do salário mínimo (SMN) superiores ao equivalente de 200 euros e nesse tempo todo na empresa tivemos um aumento dos salários que rondou entre os 50 e 60 euros nas tabelas salariais. Tem-se vindo a perder poder de compra, desde logo relativamente àquilo que era o SMN, mas agora já também, inclusivamente, com o aumento da inflação”, acrescentou.
Os trabalhadores fazem também greve devido à retirada de propostas anteriormente feitas pela empresa, relacionadas com o alargamento do número de dias de férias.
“Hoje têm 25 dias de férias e a empresa antes tinha respondido a uma proposta nossa, que era a majoração das mesmas, tendo em conta a antiguidade dos trabalhadores na empresa. Isto viria a acrescer dois dias de férias, consoante os anos que as pessoas tinham na empresa. Mas a empresa retirou essa proposta”, afirmou.
A greve na empresa de tratamento de resíduos vai afetar a recolha de lixo em Lisboa na próxima noite, avisou no domingo a Câmara Municipal de Lisboa.
A Valorsul, com cerca de 450 trabalhadores, é a empresa responsável pelo tratamento e valorização dos resíduos recicláveis e resíduos sólidos urbanos produzidos em 19 concelhos das regiões de Lisboa e Oeste.
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