A nova projeção da autoridade monetária brasileira foi publicada no "Relatório Trimestral para a Inflação" e está alinhada com os dados da equipa económica do Governo, que na semana passada reduziu as suas expectativas sobre crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do país de 2,1% para 0,02%.

"O efeito contracionista da atual pandemia ensejou revisão da projeção de crescimento do PIB em 2020. Embora haja elevado grau de incerteza nessa projeção, ela foi revisada de 2,2%, publicada no Relatório de Inflação em dezembro, para estabilidade", lê-se no documento.

O relatório também ressaltou que os resultados dos indicadores económicos entre o final de 2019 e o início de 2020 já eram "inferiores ao esperado" e "afetaram a expectativa de desempenho da atividade no primeiro trimestre".

Segundo o documento, "em termos de trajetória", o PIB brasileiro apresentará uma queda acentuada no segundo trimestre de 2020, seguida de uma recuperação "relevante" nos últimos dois trimestres do ano.

A nova previsão do Banco Central brasileiro leva em consideração a paralisia das atividades no país causada por medidas adotadas para impedir o avanço da covid-19, como a suspensão provisória de diversas atividades, incluindo o fechamento do comércio.

São Paulo, a cidade mais rica e mais populosa do Brasil, iniciou uma quarentena de 15 dias esta semana, enquanto outros estados já adotaram medidas restritivas para conter a propagação do vírus.

O Brasil registou oficialmente 2.433 casos de covid-19 que já causou 57 mortos no país, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde esta quarta-feira.

A pandemia abalou a economia do país sul-americano que ainda se recupera de uma grave recessão registada entre os anos de 2015 e 2016, período em que o PIB caiu sete pontos percentuais.

O PIB brasileiro cresceu apenas 1,1% no ano passado, taxa que foi considerada insuficiente após a expansão de 1,3% registada nos anos de 2017 e 2018.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais 480 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram perto de 22.000.

CYR // JH

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