"O North Music Festival, devido a estas circunstâncias [pandemia] que estamos a viver, vai ser adiado para o próximo ano", avançou hoje à Lusa Jorge Veloso, diretor do festival e da produtora Vibes & Beats, numa entrevista telefónica.

O North Music Festival costuma "ser a abertura dos grandes festivais do ano" em Portugal, pois está marcado para as datas de 22 e 23 de maio, mas a organização considerou que "não era viável", nem era "oportuno" fazer este ano o festival.

"Face ao crescente desenvolvimento do surto da covid-19, em Portugal, e perante a ausência de certezas quanto ao seu controlo e duração, a organização do North Music Festival decidiu que a solução mais segura e adequada ao momento de exceção que se vive atualmente é o adiamento do evento para 2021. O compromisso com a saúde e segurança do nosso público, bandas, parceiros e colaboradores é e será sempre o mais importante", acrescenta o comunicado do certame musical.

O adiamento do North Music Festival, que decorre na margem do rio Douro, no Porto, vai trazer, contudo, uma "super edição", com três dias de festival, como classificou hoje Jorge Veloso.

"Vamos ter uma super edição, ou seja, não vamos ter os dois dias que é o normal nos últimos quatro anos, mas para o próximo ano vamos fazer uma edição de três dias", disse, adiantando que as pessoas que tinham comprado o bilhete para os dois dias deste ano vão ter "prémio" com um 'upgrade', ganhando grátis o terceiro dia de festival.

"Alguns festivais já anunciaram que não se vão fazer, nós quisemos ir mais longe. Nós já assegurámos que os 'headliners' [cabeças-de-cartaz] serão os mesmo deste ano", assegurou Jorge Veloso.

O cartaz para este ano era "fortíssimo" e estava "praticamente esgotado", observou Jorge Veloso, sublinhando, todavia, que as bandas que iam tocar em maio deste ano no Porto - Deftones, The Script, The Waterboys e Lamb - estão asseguradas para o evento, em maio de 2021.

Questionado sobre o impacto financeiro do cancelamento do festival, Jorge Veloso não concretiza o valor, mas assume que os prejuízos são de "dezenas de milhares de euros perdidos", e que ascendem a "um milhão de euros" se forem contabilizado os valores investidos nas bandas musicais, designadamente os "adiantamentos e sinalizações", para garantir os concertos nas datas de maio de 2021, explicou.

A organização afirma que vai continuar a trabalhar todos os dias para garantir "mais concertos, mais bandas de referência e experiências inesquecíveis", e apela a que "todos cumpram a sua parte de se manterem em casa, seguros".

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,3 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram perto de 75 mil.

Dos casos de infeção, cerca de 250 mil são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

Em Portugal, segundo o balanço feito na segunda-feira pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 311 mortes, mais 16 do que na véspera (+5,4%), e 11.730 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 452 em relação a domingo (+4%).

CCM // MAG

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