A cada acto eleitoral, na azáfama das campanhas e promovendo mensagens e rostos de protagonistas, o país enche-se de propaganda em formatos diversos: posters, telas, outdoors, cartazes, bandeirolas, MUPIs e outros suportes. A cada avenida, a cada rotunda, lá estão os diferentes rostos e slogans – daria um estudo interessante, apurar a repetição de ideias feitas e clichés utilizados pelos marketeiros políticos –, os logotipos, a distorção de uma ou outra figura internacional, que serve para propósitos de ataque a certas ideias, e sempre as palavras-chave destas coisas: “melhor”, “futuro”, “juntos”, “Portugal”, “direitos” etc e tal.
Compreendo a necessidade de comunicar – embora tenhamos uma experiência de campanha presidencial sem nenhum cartaz nas ruas (Marcelo Rebelo de Sousa ganhou, mesmo prescindindo desses instrumentos básicos de comunicação, sendo certo que passou uma década na televisão a fazer a campanha, para a qual os outros dispõem de uns tantos dias apenas). O que eu nunca entendo, a cada campanha, é a impunidade quanto à exibição dos suportes de campanha de cada partido, eternizados na paisagem urbana e rural. Não há uma lei que se possa impor aos partidos? Senhores, as cidades beneficiam com a vossa comunicação, até aí tudo certo; mas às tantas é poluição visual cujo propósito, já cumprido, deveria ter um prazo. Aposto que uma multa avultada resolvia a questão.
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