Somos hoje confrontados com inúmeros desafios no que diz respeito à sustentabilidade do nosso Planeta, colocando em risco a qualidade de vida, e até mesmo a sobrevivência de populações atuais e futuras.
O mais recente relatório anual da Organização Mundial de Meteorologia (OMM), apresentado na COP25, que decorreu em Madrid, é perentório ao apontar que a última década foi a mais quente desde que há registos, levando a problemas como a acidificação da água do mar e ao degelo no Ártico.
No cerne das consequências destas alterações estão questões como a subida da fome global, após uma década de redução contínua, o desalojamento de milhões de pessoas este ano ou o aumento do número de refugiados por catástrofes naturais.
O clima e a luta pela sustentabilidade do planeta tornaram-se, assim, a causa assumida de uma geração. Uma geração que sente que pouco de concreto tem vindo a ser feito no combate às alterações climáticas e que, cansada de promessas e medidas em vão, sai à rua em massa para manifestar, envolve-se cada vez mais em projetos pelo ambiente, pressiona para que sejam aplicadas medidas efetivas e urgentes e usa as redes sociais para passar a sua mensagem.
Na sua mensagem de Ano Novo, o Secretário Geral das Nações Unidas, António Guterres, reconheceu que a nova geração “está na linha da frente da luta por um mundo melhor”, apelando a que esta “continue a pensar em grande. Continue a superar barreiras. E continue a pressionar”.
Os jovens têm assim um papel preponderante na luta por um planeta mais sustentável, aliando a inovação à irreverência e capacidade de mobilização, materializada em exemplos como o movimento FridaysForFuture, que mobilizou crianças e jovens de todo o mundo em prol das alterações climáticas. Mas as alterações necessárias são tão profundas que exigem um trabalho transversal a todas as áreas, que rompa com a esfera individual, e crie pontes entre as diversas áreas da sociedade
É nesta linha, e tendo noção da complexidade e urgência da mudança de paradigma, que um grupo de jovens com uma vasta experiência em associativismo, política, empreendedorismo e ativismo, decidiu criar o LIDERA, um evento que pretende reunir alguns dos jovens mais promissores da nossa geração, com diferentes formações e experiências, desde deputados a jornalistas, ativistas, empreendedores e estudantes, para os consciencializar, preparar e ativar para a urgente ação climática, promovendo um efeito propagador por toda a sociedade.
O LIDERA irá decorrer na Casa do Impacto, em Lisboa, no primeiro fim de semana da década, assumindo-se como um ponto de partida para uma década decisiva para que a manutenção da qualidade de vida das próximas gerações possa ser assegurada. É, não só, um fim-de-semana intensivo dedicado à sustentabilidade, mas acima de tudo o reafirmar de uma urgência que deve mobilizar toda a sociedade, numa altura em que a nossa subsistência está ameaçada, para que amanhã não seja tarde demais.
Comentários