Nove opções, sete localizações. Onde vão aterrar os aviões?
Uma Comissão Técnica Independente (CTI), criada pelo governo, anunciou esta tarde a lista com as possíveis localizações para a construção do novo aeroporto de Lisboa. A proposta final só será conhecida no final de 2023.
Curioso é que, quando o governo criou esta comissão para avaliar a nova localização, seguramente não esperava que, de cinco localizações (opções) apuradas em conselho de Ministros, viriam a resultar em 17 localizações (opções) no total.
Mas os especialistas da CTI criada pelo Conselho de Ministros no ano passado, ajudaram a descomplicar o processo e reduziram as 17 opções para… nove opções estratégicas possíveis.
Portanto, eram cinco, passou para 17 e reduziu-se para nove?
Exato. Antes do anúncio desta tarde, as localizações finais possíveis eram cinco, sete ou nove. Sabemos agora que são nove as localizações estratégicas candidatas a receber a extensão aeroportuária da região de Lisboa.
A lista de opções que passam às fases seguintes foi anunciada pela coordenadora-geral da Comissão Técnica Independente (CTI), Rosário Partidário, numa apresentação sobre os resultados das atividades desenvolvidas na primeira fase da Avaliação Ambiental Estratégica sobre o aumento da capacidade aeroportuária para a região de Lisboa.
Rosário Partidário explicou que às cinco opções avançadas pelo Governo, que são Portela+Montijo; Montijo+Portela; Alcochete; Portela+Santarém; Santarém, juntaram-se as opções: Portela+Alcochete; Pegões; Portela+Pegões; e Rio Frio+Poceirão, totalizando sete localizações e nove opções estratégicas.
Monte Real, Alverca e Beja foram excluídas por não se enquadrarem nos critérios definidos pela comissão.
Que critérios são esses?
De acordo com a coordenadora-geral são dez “os principais critérios”, designadamente: proximidade ao centro da cidade (Lisboa); as ligações ferroviária e rodoviária; a área de expansão; a capacidade de movimentos por hora; conflitos com o espaço aéreo militar; riscos naturais; ruído; áreas naturais; importância estratégica para a força aérea; estudo de impacto ambiental.
Porquê juntar mais localizações à equação?
Segundo a coordenadora da CTI, Rosário Partidário, procurou-se pelo “aeroporto ideal”, disse, e para tal, era preciso reunir um conjunto de características: acessibilidade, eficiência, e sustentabilidade.
Para “ser uma 'hub' significa ter alta conectividade”, “capacidade de movimentos de expansão”, ser flexível e adaptável, bem como “economicamente viável” e com um “modelo de negócio forte e receitas diversificadas”, disse a coordenadora.
As outras localidades, quais eram?
As últimas localizações adicionadas foram: Ota, Rio Frio, Poceirão, Apostiça, Évora, Sintra, Tancos e Pegões.
Esta semana, juntaram-se as localidades votadas pelo público através do portal AeroParticipa. Das votadas pelos cidadãos, Pegões entrou na shortlist das nove opções. Rio Frio e Poceirão entraram por "pertencerem a uma das áreas logísticas do país", disse ainda a professora Rosário Partidário.
*com Lusa
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