Eleições nos EUA: em terra de indecisos, quem tem voto ainda é "rei"... Ou neste caso presidente

Beatriz Cavaca
Beatriz Cavaca

O presidente democrata em fim de mandato, Joe Biden, votou esta segunda-feira nas eleições às quais começou por ser candidato depois de, em julho, passar a pasta à sua vice-presidente, Kamala Harris.

Esta cedência foi o resultado de semanas de pressão do seu próprio Partido Democrata, que duvidou da sua capacidade após um desempenho desastroso no debate contra o rival, o republicano Donald Trump.

Quase 43 milhões de americanos já votaram antecipadamente, a oito dias das eleições mais esperadas da história contemporânea dos Estados Unidos da América (EUA).

A aptidão mental tornou-se uma linha de ataque na corrida pela Casa Branca.

Kamala, de 60 anos, disse esta segunda-feira que será submetida a um teste cognitivo, em resposta a um ataque de Donald Trump, de 78, e desafiou-o a fazer um também.

A antiga procuradora, na luta para se tornar a primeira mulher multirracial presidente dos Estados Unidos, afirma que o rival está cada vez mais "desequilibrado" e é incapaz de liderar o país.

Já Trump, candidato pela terceira vez à Casa Branca, chamou à candidata "estúpida" com "baixo QI".

Um país em empate técnico

Com ou sem voto do presidente em funções, o empate técnico continua a ser uma realidade nas principais sondagens, com o New York Times a colocar os dois candidatos com 48% das intenções de voto, enquanto a CNN mostra ambos com 47%.

Esta semana, ambos os candidatos estão a fazer comícios nos sete estados que provavelmente vão decidir o resultado das eleições: Pensilvânia, Michigan, Wisconsin, Geórgia, Carolina do Norte, Arizona e Nevada.

A vice-presidente começou a segunda-feira no Michigan, no norte, para se concentrar no voto dos trabalhadores e de uma parte da comunidade muçulmana e árabe que se opõe ao apoio dos Estados Unidos às guerras de Israel em Gaza e no Líbano.

Já Trump viajou para a Geórgia para se reunir com pastores e líderes religiosos e realizar um comício em Atlanta, capital deste estado do sul. O republicano contou com o apoio dos cristãos evangélicos nas suas campanhas anteriores.

Porém, a sua viagem para a Geórgia não é livre de uma polémica. A equipa de campanha teve que se distanciar dos comentários feitos no domingo por um comediante convidado para um comício no Madison Square Garden, em Nova Iorque.

Além deste gozar com latinos, ao afirmar que estes "adoram fazer bebés", o comediante Tony Hinchcliffe disse: "Há uma ilha flutuante de lixo no meio do oceano agora, acho que se chama Porto Rico".

"Esta piada não reflete a opinião do presidente Trump", disse uma das porta-vozes do candidato republicano.

Longe de pedir desculpas, o comediante acusou os críticos nas redes sociais, censurando-os por "não terem sentido de humor" e contou com o apoio do filho e assessor de Trump, Don Trump Jr.

*Com AFP

Não existem artigos

Jornais do dia

  • Correio da Manhã

    Correio da Manhã

    28 Outubro 2024
  • A Bola

    A Bola

    28 Outubro 2024
  • Jornal de Notícias

    Jornal de Notícias

    28 Outubro 2024
  • Record

    Record

    28 Outubro 2024
  • Jornal i

    Jornal i

    29 Outubro 2024
  • O Jogo

    O Jogo

    28 Outubro 2024
mookie1 gd1.mookie1