A ministra da Saúde admitiu hoje que no verão “foram feitas bastantes” horas extraordinárias no Serviço Nacional de Saúde e alertou que o “inverno vai ser mais intenso”, afirmando esperar que o suplemento remuneratório aprovado em julho ajude.
A Federação Nacional dos Médicos (Fnam) apelou hoje aos clínicos para não fazerem mais do que as 150 horas extraordinárias anuais ou as 250 caso estejam em exclusividade.
Cerca de 500 médicos assinaram uma carta aberta dirigida à ministra da Saúde em que manifestam indisponibilidade para fazer horas extraordinárias acima do limite legal, caso Governo e sindicatos não cheguem a acordo nas próximas negociações.
A ministra da Saúde disse hoje que todas as opções de pagamento de horas extraordinárias aos médicos estão em cima da mesa, inclusive cobrar menos impostos por hora extra e pagar através de sociedades unipessoais.
Os rendimentos com horas extra poderão vir a beneficiar de uma taxa de retenção na fonte de IRS menor no próximo ano, segundo uma versão preliminar da proposta de Orçamento do Estado para 2019 (OE2019).
O parlamento aprovou hoje a reposição do pagamento integral das horas extraordinárias aos trabalhadores da função pública já a partir de janeiro do próximo ano.