Cerca de 500 médicos assinaram uma carta aberta dirigida à ministra da Saúde em que manifestam indisponibilidade para fazer horas extraordinárias acima do limite legal, caso Governo e sindicatos não cheguem a acordo nas próximas negociações.
O Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal (Sindepor) anunciou hoje uma greve ao trabalho extraordinário em novembro e dezembro, para exigir a abertura imediata de negociações com a tutela sobre uma carreira que corrija desigualdades.
O ministro da Saúde, Manuel Pizarro, afirmou hoje em Matosinhos que nos últimos 44 anos só foi possível que as urgências funcionassem porque os médicos aceitaram fazer um número muito elevado de horas extraordinárias.
Internistas do Hospital Fernando Fonseca apresentaram hoje pedidos de dispensa de trabalho extraordinário além das 150 horas, confirmou o hospital, adiantando que está a procurar com a tutela uma solução para garantir a capacidade de resposta da urgência.
O ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, assegurou hoje que o pagamento das horas extraordinárias a 75% aos médicos terá efeitos retroativos a 1 de abril.