As alegações complementares do processo de Tancos, que decorreram hoje no Tribunal de Santarém, foram marcadas por duas visões opostas quanto à existência de um alegado acordo de impunidade para o autor confesso do furto aos paióis do Exército.
O mentor do furto de armas de Tancos, João Paulino, disse hoje em julgamento que militares da GNR lhe disseram que se entregasse o material roubado, "nada lhe acontecia" e que o ministro da Defesa acompanhava o assunto.
João Paulino, um dos 23 arguidos do processo sobre o furto das armas de Tancos e alegado mentor do assalto, quer devolver o remanescente do material roubado em troca de uma redução da pena.
O advogado de João Paulino, arguido no caso de Tancos, justificou hoje o silêncio do seu cliente na instrução do processo com o facto de ainda não ter tido acesso às ações encobertas realizadas pela Polícia Judiciária (PJ) na investigação.
João Paulino, apontado como cabecilha do furto das armas nos paióis de Tancos, remeteu-se hoje ao silêncio e não prestou declarações nesta fase de instrução, revelou um dos advogados do processo.