Solar Keeper: o efeito dos raios solares UVB no cancro da pele e a informação que vai ser possível recolher numa prancha de surf

Em 2007, a equipa da Brightfloats iniciou uma investigação de 360º em torno do tema problemático do enorme aumento de radiações solares UVB, como consequência das mudanças climáticas. A pesquisa concluiu que a informação pública da incidência UVB prestada pelas instituições meteorológicas e de media europeias era deficiente, imprecisa e não regional. A quadrícula da incidência de UVB estimada pelo satélite era, por vezes, maior do que alguns países.

Em 2009, a APCC – Associação Portuguesa do Cancro Cutâneo revelou que, na Europa, o cancro de pele aumentou 400% em dez anos, com 10.000 novos diagnósticos por ano em Portugal. Estes e outros fatores motivaram a Brightfloats, uma startup portuguesa, a investigar e a desenvolver um sistema direcionado para a informação pública da incidência UVB em tempo real, pensado para funcionar tanto à escala nacional como europeia.

É assim que nasce o sistema de sensorização “Solar Sense”, com gerador de dados automáticos e georreferenciados, de radiações UVB a partir do qual serão instalados, em Portugal, os placares estáticos do projeto “Solar Keeper – SAP”. Estes placares serão instalados em em praias e escolas, entre outros lugares, e incluem áreas de informação destinadas às precauções a adotar em função da incidência UVB indicada aos parceiros estratégicos como o ISN – Instituto de Socorros a Náufragos e a ABAE – Associação Bandeira Azul da Europa, para quem a Brightfloats desenvolve um sistema de comunicações eletrónico, dedicado à atualização quinzenal de informação referente à qualidade da água de banhos e da areia.

Qual o papel da Altice Labs? Será responsável pela recolha, tratamento e arquivo dos dados da rede de sensores UVB, groundlevel, e da sua disponibilização para as entidades interessadas. E será também responsável pelo desenvolvimento de uma solução a implementar em pranchas de surf para informação ao público dos dados de sensorização UVB da quadrícula correspondente, assim como outras informações relevantes (meteorológicas, de marés, de qualidade da água e areia, de risco de incêndios, entre outros).

Então e depois do 5G? O 6G, claro

Com o 5G a caminho, a Altice Labs iniciou já as investigações sobre o que vem depois do 5G: o 6G.

E o que é que se espera  da geração de comunicações “móveis” que se segue à que se segue? Um conjunto de possibilidades cuja descrição obedece ao léxico próprio da engenharia e que, para já, é ainda pouco mais que ensaio laboratorial do futuro. Alguns exemplos: frequências sub-milimétricas na banda dos Terahertz (1 THz corresponderá aproximadamente a uma velocidade de mil gigabits por segundo); as tecnologias de transmissão, para além das suportadas em antenas terrestres, tal com até à geração 5G, recorrerão a redes não-terrestres e comunicações óticas sem fios- ou seja, os satélites entram na equação; as antenas poderão utilizar largas superfícies inteligentes e reflexivas tais como estradas, fachadas de edifícios, etc; Inteligência Artificial em todos os níveis da rede; desagregação dos smartphones; introdução de interações multissensoriais (através de implantes? sim, já e a pergunta que se coloca; computação Edge em larga escala (arquitetura de TI aberta e distribuída com poder de processamento descentralizado, capacitando tecnologias de computação móvel e de IOT) ; e comunicação direta entre dispositivos (redes mesh para V2X por exemplo).

Atualmente na União Europeia existem 5 projetos nesta área, um dos quais a Altice Labs participa: o Terranova, um projeto europeu contextualizado no pacote de programas da comissão Horizonte 2020. O projeto tem como principal objetivo o estudo da tecnologia de transmissão de rádio na banda THz e a sua interconexão com as redes óticas em cenários "Beyond 5G" [Para além do 5G]. Em termos gerais, inclui o estudo, desenho e desenvolvimento de um sistema de comunicação opto-eletrónico com débitos entre os 500Gbps e os 1000Gbps.

Cabine imersiva: uma volta ao mundo dentro de uma cabine telefónica

As antigas cabines telefónicas são hoje parte da memória dos locais onde se encontram instaladas e, no âmbito da rede detida pela Altice, têm sido alvo de várias abordagens, a mais conhecida é a das cabines de leitura que basicamente transforma o espaço que antes era usado para telefonar numa mini-biblioteca aberta às populações.

O projeto cabine imersiva promete também dar uma segunda vida a velhas cabines telefónicas transformando-as, desta vez, num sistema interactivo de visualização imersiva de vídeo 360°, sem necessidade de utilização de headset, óculos ou dispositivos similares.

O visitante irá sentir-se transportado para o comando de um veículo com vista ampla para um cenário tridimensional, proveniente da vasta biblioteca de vídeos disponíveis para headsets de realidade virtual. A imagem visualizada será complementada por som multi-fonte, alinhado espacialmente com as imagens, potenciando ainda mais a vivência do conteúdo visual.

Recorrendo ao conceito de realidade virtual imersiva, o THRDIS cria um ambiente artificial que substitui de forma convincente o mundo real e o seu meio envolvente. Com isto consegue-se uma experiência enriquecedora multissensorial, que rodeia e transporta o utilizador para o centro do ambiente virtual.

De um leque imenso de possibilidades de utilização, destacam-se visitas virtuais a locais, cidades, natureza, espaço, ou visitas virtuais a museus e espaços de trabalho.

Smart Connectivity: o Wi-Fi do futuro é assim

Uma das jóias da coroa da Altice Labs é o equipamento desenvolvido para redes de fibra ótica que a operadora considera ser "o mais avançado atualmente disponível", assumindo-se  como um dos três únicos players mundiais com esta capacidade. "Esta tecnologia à prova de futuro é mandatória para as redes 5G e IoT que requerem elevada densidade de dispositivos conectados e baixa latência", explica a empresa.

Em casa dos consumidores a proposta da Altice Labs é um router (Fiber Gateway) com a mais recente norma de Wi-Fi 6 (primeiro router de fibra do mercado com Wi-Fi 6 lançado comercialmente em agosto 2019 na Altice em França). Complementarmente, e para garantir a melhor cobertura Wi-Fi em casa, foi desenvolvida a tecnologia de Smart Mesh Wi-Fi (EasyMeshTM) suportada em Extenders Wi-Fi 5 e Wi-Fi 6 com extensões de funcionalidades patenteadas.

Esta tecnologia fica agora muito mais fácil de gerir pelo consumidor com uma app que o ajuda desde identificar a melhor localização do extensor até às funcionalidades de controle parental, partilha de password, análise de qualidade de serviço, etc.

Com a próxima disponibilização desta solução de Wi-Fi,  a Altice Labs inicia o caminho da evolução para o Wi-Fi 7, que se prevê disponível dentro de 4 anos. A evolução será gradual com funcionalidades incorporadas ao longo do tempo e que, para além de maior velocidade e largura de banda, passarão entre outras por:

  • Prioritização de tráfego – o consumidor poderá em cada momento definir se um e-game terá prioridade sobre o download de um vídeo, por exemplo;
  • Deteção de movimentos – sem a utilização de sensores adicionais nem câmaras de vídeo, a rede Wi-Fi irá ser capaz de detetar movimentos em casa;
  • Identificação de pessoas mesmo com paredes pelo meio
  • Deteção de alguns sinais vitais como ritmos respiratórios, etc.

Digital Life: ver um filme, controlar a luz ambiente, desligar musica, pedir um pacote de pipocas. Tudo na mesma app

Hoje temos já em casa uma multiplicidade de dispositivos conectados, cada qual necessitando de uma aplicação específica para ser comandado e gerido. A Altice Labs tem em desenvolvimento um sistema agregador  que permite com uma única aplicação integrar diversos dispositivos e interligar ações sequenciais em macro-ações. Por exemplo, a macro-ação “quero ver um filme” pode controlar a luz ambiente, desligar musica que esteja a tocar, pedir um pacote de pipocas, etc, para além de propor no menu da televisão um leque de filmes disponíveis.

Todo este cenário se baseia num centro de conectividade inteligente cujo “cérebro” se encontra na nuvem mas que é comandado pelos dispositivos Wi-Fi que temos em casa. Outra solução em desenvolvimento com recurso ao mesmo tipo de tecnologia é a que permite verificar na televisão da sala o estado de bateria de um automóvel Tesla.

Cognitive Intelligence : uma espécie de "minority report" que permite antecipar, e corrigir, falhas nos serviços, mas também criar novas ofertas

A Altice Labs tem um portfolio de soluções que endereçam vários domínios de atividade de um DSP (Digital Service Provider), incluindo sistemas de rede, plataformas e serviços, suporte às operações e ao negócio. Estes são exatamente os domínios onde os DSP estão a investir mais em Data Science e Inteligência Artificial.  Neste contexto, os laboratórios da operadora estão a trabalhar na introdução de tecnologias e processos de Cognitive (Machine Learning e Inteligência Artificial) nos seus produtos, nomeadamente na previsão de alarmes de rede e manutenção preventiva das set-top-boxes dos clientes.

O que permite este tipo de soluções? Por um lado, a previsão de falhas, combinando em tempo-real informação de diversas fontes como falhas, problemas, inventário e meteorologia. Através de mecanismos de Inteligência Artificial com algoritmos de Machine Learning é feita uma análise de padrões que utiliza as falhas passadas para prever as futuras. Dependendo da falha pode ainda ser enviado um técnico para o terreno para preventivamente reparar a mesma. Desta forma é possível evitar o problema ainda antes de ele ocorrer, eliminando assim quebra de serviço e impacto no cliente.

Paralelamente, e com suporte no mesmo tipo de tecnologias, a Altice Labs disponibiliza uma solução designada por BOT School para a criação de Assistentes Virtuais. Com recurso às tecnologias de inteligência artificial para o processamento de linguagem natural, esta solução permite a iteração automática e humanizada com os clientes em áreas tão distintas quando as da adoção de uma estratégia de digitalização/presença multi-canal de uma empresa; call center com orientação de uma chamada de apoio ao cliente com um assistente cognitivo para resolução de problemas associados ao PIN e PUK (cenário em produção nas linhas de apoio aos Clientes da Altice Portugal), através de telefone ou Google Home; jornalista digital, ajudando de maneira simples e rápida a aceder as últimas notícias através do Google Home; cenário de WebChat, para reserva de restaurante dentro de um hotel.

Hotel da Herdade da Torre Vã: tecnologias de comunicações ao serviço de uma estratégia 4.0 de turismo

O cenário é a Herdade da Torre Vã, uma propriedade centenária que está a ser alvo de uma reabilitação patrimonial com vista à transformação num hotel rural de 5 estrelas. A propriedade pertence à Turivã, empresa do grupo SPI (Sociedade Portuguesa de Inovação), e propõe-se dar um salto tecnológico na zona de Ourique, no Alentejo.

O projeto foi concebido sobre dois eixos principais: o projeto de arquitetura da autoria dos arquitetos João Mendes Ribeiro e André Tavares e o protocolo de cooperação estabelecido com a Altice Labs que vai contribuir para a implementação da vertente tecnológica do projeto através da exploração de cenários concretos de aplicação, nas atividades turísticas, de soluções como as tecnologias Cloud, Smart Living, Internet of Things, Big Data, 5G e Redes do Futuro, Virtual Assistants, Segurança & Privacidade e Inteligência Artificial.

Smart Operations: saber como se gasta energia para saber como se pode poupar

Esta solução tem como objetivo o controlo e a monitorização energética na periferia da rede, em ambientes residenciais, empresariais e/ou industriais. O sistema executa a recolha de parâmetros de energia e de condições ambientais do armário e envia por tecnologias NB-IoT ou GPRS para uma plataforma central de gestão que trata esta informação, fazendo indiretamente espoletar um conjunto de ações com vista à otimização dos recursos energéticos.

Este caso pode facilmente ser extrapolado para o consumidor doméstico com informações me tempo real do seu consumo de energia e potenciando novos modelos de negócio.

Gestão de dados para smart cities

Na área da IoT e das plataformas de dados, a Altice Labs desenvolveu uma Plataforma de Gestão da Informação para os Municípios (PGI), que permite receber, integrar e processar dados de verticais IoT das cidades, provenientes de diversas fontes, gerando o necessário conhecimento e KPIs, fundamentais para uma gestão operacional e planeamento adequados nos Municípios.

Associada à PGI e recorrendo à informação aí sistematizada, a Altice Labs desenvolve ainda o Centro de Governação da Cidade (CGC), aplicação que disponibiliza ao município e aos munícipes a informação processada de uma forma gráfica, interativa e intuitiva.