Jogos há muitos, mas o mercado vai evoluindo e é preciso dar resposta ao avançar da tecnologia. Foi nisso que pensaram Jeferson Valadares e Chris Barnes, depois de passarem ambos pela EA Games e pela Namco. Já com experiência no ramo, decidiram inovar e criar um negócio.

“Queríamos fazer alguma coisa com voz, na indústria dos jogos, e, enquanto pensávamos, experimentámos algumas ideias, antes de decidirmos criar a Doppio”, explica Jeferson Valadares, fundador da Doppio Games, ao TNBI.

No fim de muito pensarem, a ideia que ganhou terreno foi a de construir um negócio sustentável onde fosse possível criar uma relação direta com os jogadores. Para os fundadores, isto só seria possível através da construção de uma experiência onde as pessoas quisessem pagar por um serviço premium para terem acesso a mais conteúdos, jogar mais rápido ou descobrir novas personagens. E estava decidido: era preciso "apostar no poder da voz como interface, misturada com a experiência em fazer jogos de sucesso, para criar uma nova forma de entretenimento: jogos conversacionais", refere o fundador.

O primeiro jogo, The Vortex, é o exemplo de que é possível o utilizador jogador interagir apenas com a voz. "Imagine que acorda de um sono criogénico, que está paralisado e que a voz é a única ferramenta ao seu dispor para fazer com que robôs o ajudem a sair de uma situação misteriosa: este é o cenário inicial do The Vortex. Vai estar numa nave que precisa de comandar com a sua voz de forma a perceber como chegou até ali", conta Jeferson.

Este jogo foi lançado em outubro do ano passado para a Amazon Alexa e em janeiro deste ano para o Google Assistant. Para o futuro, têm já em mente mais projetos com "novidades no próximo mês [outubro]".

A Doppio fechou uma ronda de investimento, em julho, no valor de um milhão de euros que permitiu aumentar a sua equipa e o desenvolvimento do seu primeiro título. Esta ronda, teve vários investidores, entre eles o Fundo Alexa, da Amazon, a Google e os portugueses Portugal Ventures e Busy Angels.

"O investimento é um voto de confiança no grande potencial dos jogos conversacionais. Já existem milhões de dispositivos que permitem o controlo por voz, mas há poucos jogos que aproveitam as oportunidades únicas criadas pela tecnologia de voz”, rematou o fundador.

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