Ouvido pela Efe, Pavel Sidorenko, que é professor do Mestrado em Marketing Digital da Universidade Internacional de La Rioja (UNIR) refere que os emojis podem “dar maior visibilidade à mensagem, independentemente do processo de comunicação, seja ele jornalística, de marketing ou publicitário”.
Porém, assinala que há diferenças na utilização deste tipo de recursos por parte das diferentes gerações.
“No nosso processo de comunicação quotidiano, procuramos sempre reforçar a nossa mensagem através de expressões corporais”, indicou Sidorenko, que defendeu que, em alguns casos, os jovens da geração Z, nascidos entre finais de 1990 e 2010, “redefinem o uso de emojis”.
Ou seja, assinala, tem havido por parte destes jovens uma redefinição do emoji, mas sem que este seja um recurso pictográfico que participe ativamente nas suas conversas, já que utilizam mais, por exemplo, o ‘sticker’.
“No entanto, o emoji faz parte de uma conversa mais comum para as gerações anteriores”, sublinha o especialista que nota que o emoji “faz parte desse ecossistema de recursos pictográficos como o ‘gif’ e o ‘sticker'”.
Na sua opinião, “cada geração se apropria de um recurso ou de outro. Por exemplo, o ‘gif’ está muito desacreditado junto da geração Z”. Pavel acredita, contudo, que o emoji vai continuar a estar presente e a ser usado, apesar de em termos genéricos os jovens da geração Z “terem uma atitude de desprezo por tudo o que vem de trás”.
“São um segmento que tem querido se diferenciar dos demais e se toda a gente usar o emoji, eles não o vão usar”, e “se todos falarem pelo WhatsApp, eles vão usar outro recurso, como as mensagens diretas do Instagram”, especificou.
Para gerações anteriores, o emoji é usado pelo que é, ou seja, como um “reforço de expressão numa mensagem que não pode ser dado de outra forma à palavra escrita”.
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