A Fujifilm Portugal é a primeira de 280 subsidiárias da multinacional japonesa em todo o mundo a integrar a nova Fujifilm Healthcare, assumindo o total das operações e soluções locais da nova marca, sob a mesma liderança e coordenada pela mesma equipa.
No início do ano, a Fujifilm comprou a também japonesa Hitachi Diagnostic Imaging, por 1,3 mil milhões de euros, dando origem à Fujifilm Healtchare Europa.
“Este investimento traduz uma aposta da Fujifilm na sua área de negócios europeia de sistemas médicos, numa estratégia de crescimento da multinacional japonesa para se tornar líder nos setores de prevenção e diagnósticos em saúde na Europa”, explica a empresa em comunicado.
Numa apresentação esta terça-feira em Vila Nova de Gaia, Pedro Mesquita, diretor-geral da Fujifilm Portugal e Espanha, destacou a confiança da firma japonesa na subsidiária em Portugal. Citado em comunicado, diz mesmo que “é uma honra e, simultaneamente, uma grande responsabilidade para a Fujifilm Portugal, como primeira subsidiária do grupo na Europa a realizar a integração total das soluções da Fujifilm Healthcare na área de Sistemas Médicos da empresa.”
Na sessão, que decorreu no edifício sede da Fujifilm Portugal, Pedro Mesquita salientou que, resultado da integração na nova marca, a subsidiária portuguesa passa a ter “total controlo sobre o mercado português e os PALOP [Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa]”.
“Resultado da aquisição da Hitachi Diagnostic Imaging, a Fujifilm Portugal foi contemplada a integrar o negócio na totalidade, assumindo o controlo das operações e soluções da Fujifilm Healthcare”, reforçou.
A equipa instalada no Tower Plaza, em Gaia, desenvolve, por exemplo, software usado em 400 hospitais de todo o mundo, aponta Pedro Mesquita.
Apesar de ter começado o negócio pela fotografia em 1934, dois anos depois a Fujifilm já se aventurava no negócio dos sistemas médicos, com a produção de película de raio-x. Hoje, Pedro Mesquita estima que a fotografia ocupe apenas 14% do negócio, com a saúde a chegar aos 32% do negócio nos próximos dois anos.
À margem da sessão, Pedro Mesquita revelou à Lusa que a integração da subsidiária portuguesa na nova marca do grupo vai “resultar em expansão”, nomeadamente, de recursos humanos e que esse é “o caminho”, estando em causa a contratação de cinco a 10 pessoas.
“Em termos de recursos humanos, na área ‘medical’ teremos de aumentar seguramente entre 5 e 10% das nossas equipas. Somos 105 pessoas em Portugal e 60% dedicada à parte de 'healthcare', portanto, teremos um aumento de 5 a 10% nas equipas”, referiu.
A integração na Fujifilm Healthcare Europa permitirá também “reforçar a presença nos PALOP”, acrescentou. “Entendemos que com esta nova integração, os PALOP sejam um os mercados que queremos explorar dentro deste novo conceito de negócio”, acrescentou Pedro Mesquita.
Esta nova marca da multinacional japonesa visa “liderar a prevenção e o diagnóstico na Europa”, através de uma gama de produtos e serviços de diagnóstico, tais como sistemas de TAC, ressonância magnética, raios-x, inteligência artificial, diagnóstico ‘in vitro’, endoscopia e ecografia. Além dos produtos de prevenção e diagnóstico médico, a nova marca da Fujifilm terá também uma componente científica e clínica nestas áreas, estando prevista a celebração de protocolos com instituições de ensino, investigação e saúde.
“O nosso principal objetivo é contribuir para uma sociedade mais saudável. Hoje, a área de ‘healthcare’ representa cerca de 44%. Está a posicionar-se como principal pilar do grupo", disse ainda Pedro Mesquita.
Com a nova marca, a Fujifilm pretende atingir “um volume de negócios de 6,6 mil milhões de euros nos próximos três anos”, o que representa um crescimento superior a 50% comparativamente a março de 2020. “A Fujifilm tem um plano super ambicioso”, salientou Pedro Mesquita, acrescentando que a pandemia da covid-19 reforçou a estratégia que a multinacional japonesa tem para a área da saúde.
“Não nos propomos a substituir os médicos, mas a ajudá-los”, afirmou.
*Com Lusa
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