Megan Jones Bell, responsável da Headspace, esteve hoje numa conferência na cimeira Web Summit, em Lisboa, a promover a ideia de que todos devem ter acesso à meditação, como forma de proteger a saúde mental e fortalecer a resiliência. Segundo a responsável, a aplicação já ultrapassou os 30 milhões de utilizadores.
“A ideia é promover a saúde mental antes de ela se tornar um problema”, afirmou Megan Jones Bell, indicando que estão a trabalhar nos Estados Unidos e também no Reino Unido para integrar a meditação nos cuidados de saúde.
“Tentamos, trabalhando com vários profissionais de saúde, encontrar formas de integrar a meditação e promovê-la em doentes com depressão ou mesmo em doentes oncológicos”, afirmou a responsável da aplicação Headspace, que já se submeteu a validação científica por parte da FDA, o regulador norte-americano.
Aliás, para Megan Jones Bell, a validação científica contínua é essencial numa aplicação que pretende ter influência na saúde das pessoas.
A Headspace tem em curso mais de 60 estudos clínicos a ser desenvolvidos por centros académicos para avaliar o impacto da própria aplicação, o que pode “ajudar a maximizar o seu impacto”.
A aplicação pretende ajudar qualquer pessoa a meditar, lembrando a empresa que há milhares de estudos que já mostraram que a meditação pode ter impacto positivo na saúde física e mental, reduzindo o 'stress', aumentando a concentração e promovendo boas noites de sono.
Um estudo promovido pela própria empresa que detém a aplicação terá mostrado que a utilização da Headspace por 10 dias consegue reduzir o 'stress' em 14%, além de reduzir a irritabilidade em mais de 25%.
Segundo a própria aplicação disponível em telemóveis e outros dispositivos, a meditação não pretende transformar uma pessoa: “A meditação não é tornar-se uma pessoa diferente, uma nova pessoa, nem sequer uma pessoa melhor. Trata-se de treinar em consciência e ter uma perspetiva saudável. Não se tenta desligar os pensamentos ou as emoções. Aprende-se a observá-los sem julgamento. E eventualmente pode-se compreendê-los também melhor”.
A aplicação, que nasceu há meia dúzia de anos, pode ser experimentada de forma gratuita, na sua versão mais básica, mas requer depois uma subscrição para se continuar com programas mais avançados de meditação e ‘mindfulness’.
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