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Os fantasmas do passado voltam sempre

Tu achas que ia sair uma série espanhola na Netflix e que eu não ia ver de uma só vez? Se acompanhas esta newsletter há algum tempo sabes que sou uma grande amante das séries e filmes feitos aqui ao lado e “A Desordem Que Deixas” não foi excepção. Mas, ao que parece, eu não fui a única a devorar e, à data de publicação desta newsletter, esta série está no número 1 de mais vistos da Netflix.

A personagem principal da história é Raquel, uma jovem professora que, depois de perder a mãe, com quem a relação era disfuncional, vê a sua vida virada do avesso. Com um casamento que já viu dias melhores e constantes pesadelos em que fala com o espírito da mãe, é quando tem de se mudar para uma pequena cidade na Galiza que percebe que algo não está bem.

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Fora da sua zona de conforto, vai agora dar aulas para uma nova escola onde vai ocupar o cargo de professora de literatura, disciplina que era dada por Viruca, uma mulher que apareceu morta e que alguns pensam ter-se suicidado e outros pensam ter sido alvo de um homicídio. Mas se, inicialmente, todos os alunos dificultam a vida de Raquel, recordando Viruca como uma professora que de que todos gostavam, as recordações do passado dizem-nos o contrário: esta mulher tinha muitos altos e baixos na relação com os seus alunos, relação esta que passava várias vezes o limite do profissional.

É numa tentativa de viver a melhor versão da sua vida enquanto é assombrada pelo fantasma da mãe e de Viruca que vamos acompanhar os dias de Raquel e que vamos dar por nós a vestir a pele de detetives para desvendar todos os mistérios que aquela pequena cidade guarda. Esta é uma série que cruza o estilo de muitas outras que tão bem conhecemos. Tem algum toque enigmático de “Dark”, um lado paranormal quase a la “American Horror Story” e acontece dentro de uma escola cheia de segredos, que nos faz lembrar um bocadinho Las Encinas, o colégio de “Elite”.

  • Já os conhecemos de algum lado: As caras que protagonizam a série também não são estranhas para quem consome produções espanholas. Temos Arón Piper (“Elite”), Tamar Novas (“Alto Mar”) e Roberto Enríquez (“Vis a Vis”).
  • Em tom de curiosidade: A série foi criada por Carlos Montero, também responsável por “Fisico Química”, uma série que alegrou muitas tardes da minha adolescência, e é baseada no livro homónimo também da sua autoria.

 Sabes o nome, mas conheces a história?

Para muitos o nome Selena Quintanilla não é desconhecido. Uns estão mais familiarizados com a sua carreira, outros só ouviram falar por alto, mas é certo que esta é uma daquelas histórias que vale a pena conhecer. Foi a pensar em curiosos e naqueles que já são fãs que a Netflix lançou a série “Selena: The Series”, que nos dá a conhecer vários detalhes sobre a vida curta da jovem estadunidense com ascendência latina, que foi um fenómeno mas que acabou de forma trágica.

  • Mas antes de ires ver a série, que cruza os géneros documental e biográfico, e para te abrir o apetite, deixo-te com algumas curiosidades sobre aquela que era considerada a “Rainha da música Latino-Americana” e a “Rainha do Tex-Mex”:
  • Selena lançou o primeiro álbum aos 13 anos de idade, intitulado “Selena Y Los Dinos”. Na altura não foi o maior dos sucessos, mas o pai da cantora acabou por relançar o álbum em 1995, depois da sua morte.
  • É uma das artistas femininas mais vendidas em todo o mundo, com mais de 80 milhões de discos vendidos, um número que continua a crescer.
  • Não conheces nenhum dos seus êxitos e não sabes por onde começar? A Variety fez uma lista das suas músicas que tens mesmo de ouvir.
  • Se gostas de ficar a conhecer a história de personalidades através de filmes e séries, depois de veres “Selena: The Series” tens mesmo de espreitar o filme “Selena”, de 1997, protagonizado por Jennifer Lopez.
  • Claro que estas versões ficcionadas nunca contam 100% aquilo que se passou, e nem sempre aquilo que se passa na série aconteceu na vida real. Para ficares a saber o que é que é verdade e o que ficou de fora, o Screen Rant fez um artigo para te esclarecer.
  • Há umas semanas, o The Guardian recordou a vida de Selena, num artigo arrepiante que fala sobre a sua vida, a sua morte e sobre a sua memória ainda viva na mente de quem adora a sua arte.

 A rainha do baile e da Broadway

Se Meryl Streep, James Corden e Nicole Kidman na ficha técnica não são já motivos suficientes para dar uma oportunidade a “The Prom”, os nomes que se vêm juntar a estes atores que já tantas coisas boas nos deram só ajudam a convencer os mais cépticos. Realizado por Ryan Murphy, que este ano já nos presenteou com “Hollywood” e “Ratched”, é a adaptação cinematográfica de um musical da Broadway com o mesmo nome, apresentado pela primeira vez em 2016.

Seja em qual for o formato, o enredo mantém-se: Dee Dee Allen (Meryl Streep) e Barry Glickman (James Corden) são duas estrelas do mundo do teatro cuja performance mais recente, o musical de Eleanor Roosevelt, foi um fiasco. De forma a cair nas boas graças mediáticas, os dois protagonistas e alguns membros do seu grupo decidem abraçar uma causa que os coloque nas bocas de toda a imprensa pelas melhores razões. Acabam por escolher o caso de uma escola secundária no Indiana, nos Estados Unidos, onde pais e alunos querem cancelar o baile de finalistas por causa de Emma, uma jovem lésbica que quer que as regras mudem para poder levar a namorada como par. Para além de defenderem o amor para todos, acabam ainda por revolucionar a vida de Emma com uma makeover e descobrem que, de uma forma ou de outra, todos se revêem na situação pela qual a jovem está a passar.

Mas, afinal, como é que se pode descrever “The Prom”, o filme? Ora, o melhor exemplo que te consigo dar sem dar grandes spoilers é que este filme mistura o estilo da série “Glee” (o que faz sentido tendo em conta que o realizador do filme é um dos autores da série), com um toque de “Mean Girls”, pelas personagens que estão dispostas a fazer tudo para que o baile não aconteça, e com uma pitada de sassiness de “Chicago”, um musical que também é referido várias vezes ao longo do filme.

No final de contas, é um filme com alguns clichés, mas que pode ser a companhia perfeita para uma tarde mais animada onde podemos contar com várias personagens carismáticas, uma amostra daquilo que é ser “diferente” no meio de uma sociedade com uma mente fechada, e muito, muito glitter, purpurinas e bandeiras arco-íris.

  • Os 70 são os novos 30: Quem disse que, com o passar do tempo, os atores e atrizes de idade mais avançada só podem fazer de avós? A prestação divinal de Meryl Streep veio provar-nos o contrário. A atriz americana veste o papel de diva e oferece-nos várias falas e performances icónicas ao longo do filme.
  • Do cinema para a Netflix: Ainda que, ao longo de todo o ano de 2020, as plataformas de streamingtenham estado em destaque e as salas de cinema tenham sofrido uma grande queda na procura, “The Prom” teve um percurso atípico no mundo cinematográfico. O filme saiu oficialmente no dia 4 de dezembro e esteve durante alguns dias apenas em salas de cinema, de forma limitada. Só uns dias depois, a 11 de dezembro, ficou disponível na Netflix.

Créditos Finais

  • Gostei e recomendo: Começámos a semana com um álbum de Slow J de beats num estilo lo-fi para momentos mais relaxantes. Espreita aqui.
  • Concertos aconchegantes: Desde o início da pandemia que os episódios de “Tiny Desk Concert” da NPR têm estado a ser gravados fora do habitual cenário. Mas não é por isso que deixam de nos dar os concertos que nos aquecem o coração e que parecem estar a ser dados na nossa sala de estar. Nos últimos dias, em modo replay, tenho estado a ouvir o da Chloe X Halle e o da Dua Lipa.
  • Das maiores salas do país para os nossos ecrãs: Esgotou o Altice Arena, foi visto por milhares de pessoas em todo o país e agora está disponível em versão digital. “Depois do Medo” de Bruno Nogueira pode agora ser alugado por 24 ou 48 horas, para ver ou rever. Para poderes ver, tens de pagar, mas é um espetáculo que vale bem a pena. Descobre mais aqui.

Tens recomendações de coisas de que eu podia gostar? Ou uma review de um dos conteúdos de que falei? Envia para mariana.santos@madremedia.pt

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