Aqui ao lado fazem-se coisas muito boas

O meu encanto pelas séries espanholas não é de agora. E também não começou com A Casa de Papel (até porque esta série de que vos falo hoje começou antes do Professor pensar em assaltar a Casa da Moeda). Na verdade, a primeira série espanhola que vi integralmente foi Fisica o Química, mas o meu gosto pelas produções de nuestros hermanos não ficou por aqui.

Confesso que houve algumas que me passaram ao lado. Mas como nunca é tarde para as ir espreitar, e os serviços de streaming permitem que algumas não fiquem perdidas no tempo, hoje venho falar-vos de Vis a Vis (em português, há quem lhe chame As Detidas).

"Acho Que Vais Gostar Disto" é uma rubrica do SAPO24 em que sugerimos o que ver, ler e ouvir.

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Ao longo de 40 episódios, somos transportados para dentro de uma prisão feminina e acompanhamos um grupo de reclusas. Entre elas, destaca-se Macarena, uma loira que, por amor, foi parar à prisão, encontrando-se agora em missão de sobrevivência.

A série segue depois o dia-a-dia numa prisão feminina espanhola, acompanhando o drama das mulheres que lá vivem e lutam para sobreviver, provar a sua inocência ou até escapar.

  • Qualquer semelhança com Orange is the New Black é pura coincidência: Vis a Vis deixa de lado a comédia e o romance, e aposta no suspense, drama e tensão, com um toque latino.
  • Spin-off: depois de ter sido cancelada em 2018, após quatro temporadas, o spin-off Vis a Vis: El Oasis, chega já no próximo dia 20 de abril à Fox España, ainda sem certezas sobre a transmissão em Portugal.
  • Outras séries espanholas que vi do início ao fim: El Internado – La Laguna Negra, Luna, A Casa de Papel, e, mais recentemente, Toy Boy.

O primeiro teen drama nunca se esquece

Agora que estamos todos rendidos às séries de adolescentes, que discutem temas como a saúde mental, a sexualidade ou as drogas, podemos relembrar aquela que, para mim, foi a minha primeira referência em muitos destes temas?

Falo de Skins, (a versão original, do Reino Unido, claro). Estávamos em pleno ano de 2007, ou talvez um pouco depois, quando fiquei a conhecer a Cassie, o Tony, o Sid, a Effy, e muitos outros personagens. Acompanhei o seu dia-a-dia, sofria com eles e vivia os vários problemas que a adolescência traz, como se fosse comigo. Sexo, drogas, um pouco de rock’n roll, distúrbios mentais e alimentares, e a morte, foram alguns dos temas mais abordados ao longo de sete temporadas.

  • Se a série vos passou ao lado, a boa notícia é que todas as temporadas estão disponíveis na Netflix. Se já viram, fica a sugestão de rever de forma nostálgica os 61 episódios que abordam as dificuldades de vários adolescentes, na altura em que ter um leitor de CD’s ainda era cool.

After Hours: Uma espera muito bem recompensada 

Dois anos - que pareceram duas décadas - é o tempo que separa My Dear Melancholy de After Hours, o novo álbum de The Weeknd. Foi na passada sexta-feira que o cantor, compositor e produtor musical Abel Tesfaye deu a conhecer ao mundo a sua mais recente obra.

A começar com Alone Again e a terminar em Until I Bleed Out, no total, são 14 músicas novas, que se ligam entre si, num storytelling contínuo a que os fãs de The Weeknd já se habituaram.

  • O segredo está na fusão: se Trilogy (2012), Kiss Land (2013) e Beauty Behind the Madness (2015), primeiros três álbuns de The Weeknd, nos apresentavam uma vertente R&B (o próprio classifica o seu género como R&B alternativo), e mais recentemente temos visto um lado mais pop e eletrónico do cantor com Starboy (2016) e My Dear Melancholy (2018), After Hours vem fundir o melhor dos 5 álbuns.
  • Com direito a filme: After Hours é muito mais do que um álbum. Para além dos rumores que falam de videoclips épicos no futuro, antes de o albúm ser lançado, The Weeknd presenteou o público com uma curta-metragem, cujo título também era After Hours.