A peça é uma “pirâmide com areia de 24 fusos horários, estando o fuso Greenwich Mean Time (GMT) [de, entre outras cidades, Lisboa, Londres e Luanda], representado por areia da praia de Vieira de Leiria”, explicou à Lusa Armando Coimbra, o ‘promotor’ da participação portuguesa, apoiada pela Embaixada de Portugal na Dinamarca.
Armando Coimbra, engenheiro reformado de Vieira de Leiria, enviou em julho para Aarhus 20 quilogramas de areia, mas também “símbolos da região como um barco de Arte Xávega e um galhardete com o brasão de Vieira de Leiria”.
A instalação com a areia de 24 fusos horários, “The Centre of the World” (“O Centro do Mundo”, na tradução para português), que ficará no jardim de Kunsthal, é uma das peças que Song Dong irá apresentar em Aarhus.
Em julho, o Kunsthal de Aarhus, apelou, via Facebook, a doações de areia de dezenas de países no âmbito da encomenda feita a Song Dong.
“O objetivo de Song Dong é providenciar uma plataforma simbólica para a participação cívica e pública no centro de Aarhus”, podia ler-se na mensagem então publicada.
Já “Collaborations” ("Colaborações", em português) é uma réplica da cidade de Aarhus que poderá ser comida, já que é feita com bolachas.
Nascido em 1966, Song Dong é um artista chinês sediado em Pequim que tem estado na vanguarda da arte conceptual naquele país desde a década de 1990, de acordo com a biografia existente na página do Museu de Arte Moderna de Nova Iorque.
“O seu trabalho muitas vezes examina as realidades do quotidiano e os temas da sua vizinhança. As suas performances, vídeos, esculturas, pinturas e instalações são efémeras e feitas de materiais modestos. Oferecem perspetivas polivalentes que bebem do passado e do presente, do pessoal e do universal, do poético e do político em igual medida”, acrescenta o texto.
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