Em reunião privada do executivo camarário, o programa “Um Teatro em Cada Bairro”, apresentado pelo vereador da Cultura, Diogo Moura (CDS-PP), foi aprovado por unanimidade, bem como uma adenda proposta pela vereadora do BE, Beatriz Gomes Dias, para que se permita “uma oferta diversificada de propostas culturais, construída com o envolvimento e a participação das comunidades e dos agentes locais”.

O programa “Um Teatro em Cada Bairro” foi um dos compromissos políticos assumidos pela coligação Novos Tempos (PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança) na campanha eleitoral das autárquicas de 2021, tendo como cabeça de lista Carlos Moedas (PSD), que venceu a presidência da Câmara de Lisboa, mas sem maioria absoluta.

Passado cerca de dois anos da tomada de posse deste mandato, que se iniciou em 18 de outubro de 2021, a câmara aprovou hoje o programa “Um Teatro em Cada Bairro”, apesar de já terem sido inaugurados quatro espaços na cidade.

“O Espaço Avenidas foi o primeiro a abrir, seguindo-se a Quinta Alegre, o Cine-Teatro Turim e a Casa do Jardim da Estrela. Os próximos equipamentos a integrar esta rede, ainda este ano, serão a Boutique da Cultura e os Coruchéus”, informou a câmara, em comunicado.

Inscrito nas Grandes Opções do Plano 2023-2027, o programa “Um Teatro em Cada Bairro” pretende criar “uma rede de equipamentos culturais de média dimensão, com valências múltiplas ou um conjunto de espaços de criação e de apresentação que deem resposta à procura crescente de espaços de trabalho e de apresentação na cidade”.

“A sua missão é a oferta descentralizada de propostas culturais aos munícipes, construída com o envolvimento das comunidades e agentes locais e promovendo uma cultura de proximidade”, defendeu a câmara, referindo que estes novos espaços podem funcionar sob gestão direta municipal ou gestão partilhada com as freguesias de Lisboa e/ou com entidades representativas do setor cultural da cidade.

Na proposta aprovada sobre o programa “Um Teatro em Cada Bairro”, a câmara decidiu que a mesma deve ser remetida à 7.ª Comissão Permanente da Assembleia Municipal de Lisboa e que se deve “inscrever no PAO [Plano de Atividades e Orçamento] de 2024 uma dotação específica para a concretização do plano, concretizando-a igualmente por equipamento”.

Com a adenda do BE, o executivo deve diligenciar para que, “além do teatro, sejam criados centros culturais adequados a diferentes ofertas culturais, como sejam a produção musical, as bandas de música, os estúdios de gravação musical, os espaços de performance e dança, os ‘ateliers’ de artes plásticas, artes visuais, novos media ou fotografia, entre outros”.

Em comunicado, o presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas (PSD), disse que o programa “Um Teatro em Cada Bairro” reflete a visão “de uma cidade com a cultura no centro”.

“Uma cidade em que a cultura é descentralizada, próxima de todas as comunidades e acessível a cada uma delas. Em que a cultura é aberta ao usufruto de todos e está viva e renovada”, afirmou o autarca do PSD.

Para o vereador da Cultura, Diogo Moura (CDS-PP), este programa municipal “é um exemplo inspirador de como a cultura pode unir comunidades, criando espaços e oportunidades para que as pessoas participem ativamente na criação e fruição artística, fortalecendo laços sociais e promovendo a inclusão e a participação da comunidade”.

O autarca do CDS-PP disse ainda que o programa “Um Teatro em Cada Bairro” também pretende “democratizar o acesso à cultura”, através da produção cultural local, dando voz a talentos locais emergentes e promovendo narrativas inovadoras.

“Em Lisboa trabalhamos para que a cultura seja efetivamente para todos”, declarou Diogo Moura.