A mostra, que abre ao público na sexta-feira, e fica patente até 30 de janeiro de 2022, vai apresentar obras de pintura, desenho e gravura de artistas como Michael Andrews, Patrick Caulfield, Victor Willing, David Hockney, Steven Campbell, entre outros que, tal como Paula Rego, residiram e trabalharam na capital britânica, ficando associados à intitulada “Escola de Londres”.
Com curadoria de Catarina Alfaro e de Patrícia Rosas, a exposição percorre três décadas de arte contemporânea – de 1956–57 a 1987 -, resultando de uma parceria da Fundação D. Luís com a Fundação Calouste Gulbenkian, e o apoio da Câmara Municipal de Cascais, segundo um comunicado da organização.
De acordo com as curadoras da exposição, Catarina Alfaro e Patrícia Rosas, citadas no comunicado, a Coleção de Arte Britânica do Centro de Arte Moderna (CAM) “possibilita uma visão relativamente abrangente do panorama artístico britânico da primeira metade da década de 1960”.
“Para esta exposição foram também selecionadas obras de artistas da Coleção de Arte Britânica produzidas nos anos 1980, como Maggi Hambling, Steven Campbell e Peter Howson, que não se enquadram, por razões cronológicas, no contexto específico da Escola de Londres, mas que se aproximam do universo figurativo de Paula Rego”, acrescentam as curadoras.
A exposição é acompanhada de um amplo catálogo com ensaios e textos biográficos sobre os artistas e as obras.
Esta mostra realiza-se no âmbito do protocolo, renovado em 2019, entre a pintora Paula Rego, a família e a Câmara Municipal de Cascais, “garantindo a continuidade da atividade da Casa das Histórias Paula Rego por mais dez anos e define novidades, entre as quais um espaço — a Sala 0 — para a apresentação de trabalhos de artistas cujo universo criativo esteja de algum modo ligado” ao da artista portuguesa radicada em Londres, explica, na nota, o presidente da autarquia, Carlos Carreiras.
Salvato Teles de Menezes, presidente da Fundação D. Luís I, que gere a programação do Bairro dos Museus de Cascais, onde a Casa das Histórias se integra, salienta, na mesma nota, que “a exposição da Coleção de Arte Britânica do CAM enquadra-se na oferta cultural que se tem vindo a proporcionar na Casa das Histórias Paula Rego”.
“Se por um lado revisitamos a obra ímpar da artista desde o início da sua carreira até aos dias de hoje, por outro colocamos o seu trabalho em diálogo com o de diversos criadores, seus contemporâneos ou mais jovens, sublinhando também em certos casos excecionais, assim o esperamos, aquilo que une o talento da pintora a nomes que marcaram a História da Arte ao longo dos séculos”, sublinha.
Por seu lado, Isabel Mota, presidente da Fundação Calouste Gulbenkian, considera que “esta exposição, revelou-se uma oportunidade única para permitir que o público possa usufruir deste conjunto de obras de arte muito singular”.
“Fazê-lo na Casa das Histórias constitui mais um motivo de celebração, uma vez que as relações entre a Fundação Calouste Gulbenkian e Paula Rego datam do início dos anos 1960, com a aquisição de obras diretamente à artista, e com a atribuição de subsídios e bolsas que lhe permitiram desenvolver o seu trabalho no Reino Unido. Este vínculo entre a artista e a instituição mantém-se até aos dias de hoje”, sublinha a presidente da Gulbenkian.
A mostra da Coleção de Arte Britânica do CAM na Casa das Histórias Paula Rego, em Cascais, inaugura na quinta-feira, às 15:00, abre ao público na sexta-feira, e poderá ser visitada de terça-feira a domingo, entre as 10:00 e as 18:00, com a última entrada às 17:40, segundo a organização.
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