O ciclo "José Mário Branco - A morte nunca existiu" conta com mais de uma dezena de filmes nos quais o músico participou de diversas formas, depois de regressar a Portugal do exílio, com a revolução de Abril de 1974.
"A sua relação com o cinema português é especialmente importante e interessante: As suas canções foram usadas por vários filmes, mas houve também realizadores que o chamaram a compor expressamente para cinema", escreveu a Cinemateca na programação de abril.
Dos filmes com música escrita por José Mário Branco serão exibidos, por exemplo, "O movimento das coisas" (1985), de Manuela Serra, recentemente restaurado, "A raiz do coração" (2000), de Paulo Rocha, e "A portuguesa" (2018), de Rita Azevedo Gomes.
Haverá ainda "Aqui d'el rei!" (1991), de António-Pedro Vasconcelos, ou "A espada e a rosa" (2010), de João Nicolau, nos quais José Mário Branco integra o elenco.
Destaque ainda para alguns dos primeiros filmes nos quais o músico participou nos anos 1970, entre os quais a curta-metragem "Cravos de abril" (1976), de Ricardo Costa, que apresenta "imagens raras do dia 25 [de abril de 1974], no Terreiro do Paço e no Largo do Carmo, da libertação dos presos políticos no dia 26 e da manifestação do 1º de Maio".
O ciclo abrirá a 12 de abril com "Mudar de Vida" (2018), o documentário que Pedro Fidalgo e Nelson Guerreiro fizeram de José Mário Branco ao longo de sete anos, entre Portugal e França, com imagens de arquivo e registo de ensaios, gravações de discos, conversas e concertos.
A Cinemateca explica ainda que os filmes em que José Mário Branco colaborou com Jorge Silva Melo serão exibidos numa retrospetiva em maio dedicada ao encenador e realizador.
José Mário Branco, um dos mais importantes nomes da música portuguesa do século XX, em particular desde a década de 1970, morreu aos 77 anos, em novembro de 2019.
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