De acordo com a artista plástica Joana Vasconcelos, em declarações à Lusa, a 1.ª edição da "Reboot", é “um espaço de debate e reflexão sobre o estado da Arte depois da pandemia”.
“No fundo, servirá para fazer uma espécie de avaliação do momento presente e da situação em que vivemos, debatendo várias temáticas, como a Arte Pública, Arte e Cidadania ou de que maneira é que os artistas têm uma intervenção social”, afirmou.
A lista de participantes inclui, segundo o curador da conferência, André de Quiroga, conferencistas da China, França, Brasil e Espanha.
Entre os participantes contam-se os artistas Ai Weiwei e Xing Danwen, o colecionador Sylvain Levy, o artista Jean Denant, o primeiro diretor do Museu Berardo, Jean-François Chougnet, o diretor do Museu do Museu de Arte Moderna do Centro Georges Pompidou, Bernard Blistène, e o filósofo Gilles Lipovetsky.
O curador e crítico francês de arte Nicolas Bourriaud, cofundador do Palays de Tokyo em Paris, a artista Xing Danwen, que representou a China na Bienal de Veneza em 2006, o 'chairman' do Continental Europe for Corporate and Investment Banking do Citigroup, Luigi da Vecchi, a responsável pela Temporada Cultural Cruzada França Portugal 2022 Victoire Bidegain Di Rosa, o diretor da Royal Spanish Academy, em Roma, Angeles Albert, o responsável pelo projeto de arte contemporânea da Biblioteca do Vaticano, Cristiano Grisogoni, o artista brasileiro Sidival Fila, membro da Ordem Franciscana dos Frades Menores, são outros participantes.
O especialista em arquitetura e planeamento das cidades Jean Denant deverá falar sobre uma ponte em França, projeto utilitário que questiona os estereótipos das relações entre as artes plásticas, a engenharia e a arquitetura.
Devido à situação atual, em que há algumas restrições na circulação entre países, alguns conferencistas, como a artista Xing Danwen, participarão de forma virtual.
Dos vários debates, André de Quiroga destacou o que irá juntar Joana Vasconcelos e Ai Weiwei, moderado pelo curador de arte espanhol Enrique Juncosa, e terá como tema a responsabilidade social dos artistas.
André de Quiroga lembra que, além de artista, Ai Weiwei é também ativista e que Joana Vasconcelos tem muito presente na sua obra as questões da igualdade de género. Além disso, o comissário recordou que a artista portuguesa criou, em 2012, a Fundação Joana Vasconcelos, através da qual atribui bolsas de estudo a estudantes de artes.
A conferência, salientou, além de servir para “repensar o futuro, o ecossistema das artes”, será também para “tentar estender a área da influência geográfica da fundação ao mercado que a Joana tem enquanto artista que é um mercado global”.
A “Reboot: A Arte ao Serviço da Sustentabilidade do Planeta” decorre no atelier da artista, junto ao rio Tejo, na zona de Alcântara, e será acessível ao público, que pode assistir ‘online’, de forma gratuita.
As inscrições na conferência poderão ser feitas através do ‘site’ oficial da “Reboot”.
A “Reboot” conta com o apoio do programa Garantir Cultura, destinado a apoiar a criação e a programação artísticas, em todo o país, com o objetivo de, segundo o Governo, contribuir “para a recuperação do setor”, na sequência das medidas restritivas das atividades.
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