De acordo com a produtora Até ao Fim do Mundo, o filme foi selecionado para a competição internacional, na secção "Opus Bonum", dedicada a documentários de todo o mundo.
"Até que o porno nos separe", que deverá chegar aos cinemas portugueses no começo de 2019, aborda a história de uma mãe, Eulália, que descobre em 2013, por intermédio de uma amiga, que o filho emigrado na Alemanha era um "reconhecido ator porno gay", Fostter Riviera.
É "uma história de amor, entre uma mãe e um filho, com todos os ingredientes de uma história de amor: deceções, alegrias e tristezas", contou Jorge Pelicano à agência Lusa, em abril passado, quando o filme teve estreia mundial no Festival Internacional de Cinema de Buenos Aires, na Argentina.
Eulália, católica e conservadora, residente num bairro nos arredores do Porto, descobre que o filho é homossexual e ator de filmes pornográficos, e o documentário retrata a transformação que a descoberta causou na vida dela.
"Em nome desse amor pelo filho, acaba por iniciar uma longa viagem de transformação da própria pessoa para aceitar o seu filho", explica o realizador.
"Até que o porno nos separe" foi rodado entre 2016 e 2017 e, embora tenha a pornografia como ponto de partida, conta "uma história de amor entre uma mãe e um filho e a maneira como os pais lidam com as escolhas dos filhos", sublinhou Jorge Pelicano.
Jorge Pelicano iniciou a vida profissional no jornalismo, sobretudo como repórter de imagem em televisão, antes de enveredar pelo cinema documental.
É autor dos filmes "Ainda há pastores?" (2005), "Pare, escute, olhe" (2009) e "Para-me de repente o pensamento" (2015).
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