A declaração do júri justifica o galardão pela “pela extrema sensibilidade que a cineasta teve ao abordar um universo tão frágil, compreendendo o processo de ‘coming of age’ [amadurecimento] através de uma linguagem cinematográfica muito essencial e intensa”, e “pelo retrato de Tania entre os meninos, o modo como explora a sua sexualidade, em completa liberdade, sem qualquer vergonha ou julgamento de alguém ao redor”, que, considera o júri, “faz deste filme uma experiência inesquecível”.
A decorrer desde dia 23 de novembro, o festival de documentário passou pelo Porto e, pela primeira vez, também por Braga, com exibições de filmes em vários espaços das cidades.
O Porto/Post/Doc, que já tem nova edição anunciada para 2020, centrou este ano a sua programação nas questões identitárias.
O júri entregou ainda a “The Science of Fictions”, de Yosep Anggi Noen, o prémio Companhia das Culturas / Fundação Pereira Monteiro para melhor realizador emergente.
“Com uma alegria comunicativa, o filme joga com elementos clássicos do cinema, usando luz e ritmo para criar magia, enquanto traça um retrato humano e político de uma alma solitária”, justificou o júri.
O Prémio Cinema Novo, atribuído pelo Canal 180, foi para “Terril”, de Bronte Sthal, pela “originalidade do tratamento cinematográfico na abordagem de uma temática central do nosso tempo: a questão ambiental”.
O documentário “Shooting the Mafia”, de Kim Longinotto, conquistou o Prémio Teenage, uma escolha “óbvia e unânime” para o júri, “pela sua ligação entre a representatividade feminina e cultural através da qual criou uma narrativa imersiva, comovente e impactante, que fez jus à notável direção artística”.
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