“Estamos à espera que sejam, de facto, dois dias de grande festa de promoção do território mas, acima de tudo, de uma grande festa da música portuguesa”, afirmou hoje à agência Lusa o promotor e diretor do festival, Miguel Candeias.
Depois de um ano de interregno devido à pandemia de covid-19, o Douro Rock regressa entre hoje e domingo, numa edição adaptada “aos novos tempos”.
O responsável acrescentou que a organização não queria estar mais um ano parada, já que a edição 2020 foi cancelada devido à covid-19.
O palco muda da margem do rio Douro para a Alameda dos Capitães, no centro da cidade do Peso da Régua, onde vão ser instalados 800 lugares sentados. Na última edição, em 2019, passaram pelo festival cerca de 15.000 pessoas.
O festival tem já preparado um plano de contingência, aprovado pela Direção-Geral da Saúde (DGS).
E, “havendo esta janela de oportunidade”, este é, para Miguel Candeias, “um ano muito importante para apoiar a cultura”, um setor que foi muito afetado pela pandemia.
“Foram dois anos muito difíceis e nós queremos apoiar a cultura, neste caso a música, os artistas, os técnicos, as empresas ligadas ao som e à luz, etc. (…) Esta é uma oportunidade de mostrar o carinho que temos pela música portuguesa”, sublinhou.
Na 5.ª edição, segundo o diretor, repete-se “a fórmula” do Douro Rock, que “é juntar nomes mais consagrados com os nomes mais recentes, embora com carreiras bastante sólidas”.
Os concertos começam às 20:00 e os Cassete Pirata, de João Firmino, Margarida Campelo, Joana Espadinha, António Quintino e João Pinheiro, abrem o festival com o álbum de estreia “A Montra” e já com temas que estão a preparar para o seu novo disco.
Depois, atua Samuel Úria, que vai apresentar o seu mais recente álbum de originais “Canções do Pós-Guerra, e a noite encerra com The Gift que levam a “Tour Verão” à Régua, onde vão revisitar os momentos dos últimos 25 anos.
No domingo, os GNR celebram na Régua os seus 40 anos de carreira.
“A preparar um concerto especial, Rui Reininho, Jorge Romão e Tóli César Machado trazem de volta as canções de sempre e o rock ao rio Douro”, destacou a organização.
Quem também regressa aos palcos são os Três Tristes Tigres e, depois de um “hiato de 22 anos”, Ana Deus e Alexandre Soares editaram “Mínima Luz”, que faz a ponte entre o “experimentalismo e a pop menos óbvia”.
A noite abre com NEEV, o mais votado pelo público no Festival da Canção 2021 com o tema “Dancing in the Stars”. O músico e compositor vai apresentar o álbum de estreia “Philosotry”, produzido por Larry Klein.
Promovido pelo município da Régua e a Aplausos e Silêncios, o Douro Rock realizou-se pela primeira vez em 2016, e vai, agora, para a sua 5.ª edição.
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