A história de Gisberta, transexual assassinada por um grupo de adolescentes no Porto, em 2006, serviu de base para Afonso Reis Cabral escrever "Pão de Açúcar", o seu segundo romance (o primeiro, "O Meu Irmão", venceu o Prémio Leya em 2014).

Em conversa com o SAPO24, o escritor refere que, por se basear num caso real, muitos leitores pensaram tratar-se de uma "reportagem literária", mas a verdade é que Afonso Reis Cabral refere que o livro não é isso. "Aquela Gisberta é a minha Gisberta. Aquelas crianças, os rapazes, são personagens minhas. Eu tive tanta liberdade para escrever este [livro] como tive para escrever 'O Meu Irmão'".

Confessando que não escreveu o livro para alertar, sensibilizar ou educar os leitores para o tema em questão - "é bastante triste que seja preciso um livro para isso, de certa maneira", refere -, admite que o livro pode "ter esse efeito", ainda que admita que nalguns casos conseguiu esse efeito, algo que o deixa "feliz", apesar de não ser esse o objetivo da obra.

O encontro do clube de leitura para conversar sobre "Pão de Açúcar" está agendado para o próximo dia 30 de setembro, pelas 21h. A conversa é feita online e contará com a participação de Afonso Reis Cabral. Para inscrever-se, basta preencher o formulário que se encontra neste link.

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