A norte-americana V. V. Ganeshananthan conquistou o prémio com o livro “Brotherless Night”, um romance sobre a guerra civil no Sri Lanka e o poder destruidor da violência política, que, no mês passado, conquistou o prémio Carol Shields, no valor de 150 mil dólares.

A ensaísta e ativista canadiana Naomi Klein venceu a edição inaugural da categoria de não-ficção do Women’s Prize com “Doppelganger: A Trip into the Mirror World”, que a organização do prémio define como um “exame elucidativo da sociedade polarizada”.

A presidente do júri da categoria de ficção, Monica Ali, disse, citada em comunicado, que “Brotherless Night” é um romance “brilhante e profundamente tocante que testemunha as tragédias íntimas e épicas da guerra civil do Sri Lanka”, criando uma “vívida sensação de tempo e lugar com um elenco indelével”.

Quanto a “Doppelganger”, no qual Naomi Klein se debruçou sobre o mundo das teorias da conspiração ‘online’ partindo do facto de ser frequentemente confundida com a sua homónima Naomi Wolf, a presidente do júri da categoria de não-ficção, Suzannah Lipscomb, classificou a obra como “um apelo corajoso, humano e otimista que emociona o leitor para lá do preto e branco, da Direita e da Esquerda, convidando a que abrace os espaços que estão pelo meio”.

As duas vencedoras do prémio vão receber, cada uma, um prémio monetário de 30 mil libras (35,6 mil euros).

Nenhum dos livros está publicado em Portugal, mas Klein tem vários títulos da sua bibliografia editados em território nacional.

Criado em 1996, o Women’s Prize distingue anualmente a autora de um livro publicado no Reino Unido, tendo lançado este ano uma categoria de não-ficção.