Com o título “Please [do not] touch”, a exposição, que joga com as palavras e usa a ironia, reúne 18 obras que apontam para a “urgência de recuperar a plena consciência do corpo”, segundo esta artista, que expõe pela primeira vez num museu nacional.
De acordo com um texto divulgado pelo Museu Nacional de Arte Contemporânea – Museu do Chiado, a exposição, com curadoria de Adelaide Ginga e Emília Ferreira, alerta para o risco de “nos dirigirmos para a condenação essencial do que é ser humano”.
“Há muito que sabemos que o conhecimento depende dos sentidos. E, como percebeu o cientista António Damásio, sabe-se que também as emoções são incontornáveis para tomar decisões. Apesar disso, vivemos hoje o fascínio global pelo digital. Ora, o digital interpõe-se entre a nossa perceção e a realidade, substituindo o contacto direto com o mundo”, contextualiza o texto das curadoras.
Na exposição, a artista questiona “se, a par do digital, crescem imaginários que rejeitam o corpo, e a busca de uma vida assética, isenta de riscos, que tipo de vida procuramos, de facto, viver?”.
Nascida em 1982, Inês Norton é licenciada em Design de Comunicação pelo Instituo de Arte, Design e Empresa (IADE), trabalhou como designer de comunicação em Lisboa, e frequentou dois anos do curso de pintura do Ar.Co.
Expôs o seu trabalho, nomeadamente, na Trienal de Luanda (2010), na Bienal de São Tomé e Príncipe (2013), no Centro Cultural Português em Luanda (2014) e no Centro de Arte Contemporânea de Málaga (2016).
As suas obras estão representadas, entre outras, na Coleção Sindika Dokolo e Banco Atlantic, em Angola, na Luciano Benetton Collection, em Itália, e na Coleção Figueiredo Ribeiro, em Portugal.
Em 2017, foi Artista Revelação da XIX Bienal de Cerveira.
“Please [do not] touch”, que ficará patente na Ala Capelo do Museu do Chiado, é inaugurada no dia 27 de junho, às 19:00.
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