Este ano, o cartaz, “marcado pela diversidade, percorre a distância considerável entre o fado e o rock, a kizomba e o ‘r&b’, a canção de recorte clássico e o ‘hip-hop’”, fazendo deste um festival “mesmo para todos”, de acordo com a organização.
O cartaz completo foi anunciado hoje, numa conferência de imprensa que decorreu num veleiro no rio Tejo, ao largo de Almada.
No primeiro dia, “destaca-se o nome do veterano Jorge Palma”, com um concerto “íntimo e especial recheado de grandes canções”. Nesse dia irão atuar também Filipe Catto, Carminho, Silva Linda Martini, Peste & Sida, Anselmo Ralph, Virgul, Calema, Paus e Deejay Kamala.
Dia 17 será a vez de atuarem Frankie Chavez, “um dos expoentes do rock nacional”, as “lendas” UHF e GNR, Miguel Araújo, Djodje, Moullinex e uma “embaixada do ‘hip-hop nacional’”, composta por Piruka, Jimmy P, Bispo, Deau e os Wet Bed Gang.
O terceiro dia fica marcado por “mil e uma paisagens musicais”, com Expensive Soul, Amor Electro, Sara Tavares, Rodrigo Leão, Ana Bacalhau, João Gil, Carolina Deslandes, Via, April Ivy, a Orquestra Bamba Social com Tiago e os DJ Rich & Mendes.
Este dia inclui ainda uma homenagem à cantora Cesária Évora, que morreu em 2001, considerada localmente como o "expoente máximo" da música cabo-verdiana. Lucibela, Lura, Nancy Vieira, Élida Almeida ou Teófilo Chantre darão voz aos maiores clássicos da Diva Descalça.
No último dia, a 19 de agosto, o festival tem “encontro marcado com o futuro”, com um dia dedicado às crianças.
O cartaz desse dia inclui os espetáculos "As Canções da Maria", de Maria Vasconcelos, Rita Guerra a interpretar músicas dos filmes da Disney, e a estreia de "O Gato Pintor", projeto que junta Manuel Paulo e João Monge.
Além disso, nesse dia haverá “duas dezenas de ‘países’ de animação que as crianças poderão carimbar nos seus passaportes”, incluindo a exibição de filmes, oficinas de percussão e construção de marionetas de papel, um parque de insufláveis e exposições.
Este ano, a organização vai aproveitar uma nova estrutura permanente do parque urbano da Costa da Caparica, o Anfiteatro, que irá acolher espetáculos nos quatro dias do festival.
Nos primeiros três dias, sempre às 17:30, será dada “voz aos poetas”, com o Poetry Ensemble, projeto satélite da Lisbon Poetry Orchestra.
Por este palco irão passar ainda Monstra, Tim Tim por Tim Tum, Trio de Percussão, Drumming, Mimos e PorBatuka.
Outra das novidades desta edição é a Realidade Aumentada, “inovadora tecnologia que está este ano e pela primeira vez num festival de música em Portugal”.
O festival O Sol da Caparica “também vai poder ser explorado através da tecnologia da Realidade Aumentada, que resulta da combinação em tempo real de elementos reais com elementos criados digitalmente”.
Segundo a organização, “através de dispositivos como telemóveis ou ‘tablets’, os conteúdos de realidade aumentada podem ser fotografados ou gravados e depois partilhados”.
Na 5.ª edição, volta a haver “uma quadra de ‘street skate’, com muitas atividades”, e um palco dedicado à dança, cuja programação “terá uma ligação com a lusofonia característica do festival”. No espaço "Debaixo da Língua" haverá conversas com artistas, debates e declamação de poesia.
No recinto estarão expostas duas peças do artista Bordalo II, que cria esculturas feitas com recurso a lixo e desperdícios.
“A primeira, encomenda da Câmara Municipal de Almada, já está instalada junto ao posto CMIA [Centro de Interpretação Ambiental] da Caparica, e a segunda fará a sua estreia mundial nos dias de festival”, explicou a organização.
A edição de 2017 de O Sol da Caparica decorreu de 10 a 13 de agosto, no parque urbano da Costa de Caparica, e, de acordo com a organização, teve cerca de 65 mil espectadores.
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