O documentário, que foi o vencedor da Competição Internacional Longas, aborda “experiências de modelos alternativos ao sistema capitalista globalizado, através da voz e de projetos de quatro empreendedores e ativistas sociais que criaram espaços onde é possível cooperar, compartilhar e preservar a natureza”, segundo a fonte.
O CineEco que hoje terminou em Seia, na Serra da Estela, no distrito da Guarda, atribuiu o Prémio Antropologia Ambiental – Liberty Seguros a “A Arca de Anote”, um documentário que “retrata a odisseia de um povo prestes a ser engolido pelo mar, fruto das alterações climáticas”, de Matthieu Rytz (Canadá).
“Até À Última Gota – A Guerra Secreta na Europa” (França/Grécia), de Yorgos Avgeropoulos, arrecadou o Prémio Educação Ambiental – Associação Mares Navegados”.
Trata-se de um filme “que segue o rasto do dinheiro e dos interesses corporativos em seis países da União Europeia, tendo na questão da água uma reflexão crítica sobre a Democracia e os valores contemporâneos europeus”, segundo uma nota da organização.
Ainda na Competição Internacional Longas, “Ponto Sem Retorno”, de Noel Dockstader e Quinn Kanaly (Estados Unidos da América), que retrata um dos maiores feitos da história da aviação – pilotar por todo o mundo um avião movido a energia solar, conquistou uma menção honrosa.
A película “Corre”, de Francisco Rojas (República Dominicana), venceu a competição documentários e reportagens para televisão, recebendo o Prémio Internacional de Curtas-metragens – Turistrela.
Já o Prémio Documentários e Reportagens para Televisão – Lusocargo foi atribuído à obra “O Império do Ouro Vermelho”, de Xavier Deleu e Jean-Baptiste Malet (França).
A direção do festival anunciou que o Grande Prémio Lusofonia/Camacho Costa foi para “Macoconi – as raízes dos nossos filhos”, de Fábio Ribeiro (Moçambique), e o Prémio Panorama Regional/Casa da Passarella foi para “Floresta Eterna”, de Evgenia Emets (Portugal).
A película “As pequenas galochas amarelas”, de John Webster (Finlândia/Alemanha/Rússia/Noruega/Letónia), recebeu o Prémio Melhor Longa da Juventude e foi galardoado com o Prémio Valor da Água.
O Prémio Melhor Curta da Juventude foi para “15 Memórias do fogo”, de Rodrigo Oliveira e Tiago Cerveira.
“A edição 2018 do CineEco foi um marco para a cidade [de Seia] e para o país! Nada mais será o mesmo. Fomos pioneiros com a realização do 1.º Fórum Internacional de Festivais de Cinema Ambiente, enquadrado no CineEco. Conseguimos reunir, numa cidade do interior, um número expressivo de pessoas de vários países com um único propósito – a promoção do cinema ambiental e a discussão de questões atuais ligadas ao Ambiente”, refere o diretor do festival, Mário Branquinho, citado na nota.
O evento, organizado pela Câmara Municipal de Seia, é um dos festivais de cinema de ambiente mais antigos do mundo, é membro fundador e faz parte da direção da Green Film Network, uma plataforma de 40 festivais de cinema ambiental.
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