“Estou ainda em negociações, que ainda não estão terminadas. É um projeto muito grande, é um projeto que traz uma dimensão importante à minha obra, que é não ser um museu sobre a minha obra, mas ser um museu sobre o meu ateliê”, afirmou Joana Vasconcelos.
A artista explicou que aquilo que pretende “é que as pessoas possam visitar um ateliê a trabalhar”.
“E possam usufruir, de alguma maneira, desses artesãos que trabalham comigo, poder ver como é que as técnicas se podem perpetuar e como é que eu posso contribuir do ponto de vista da educação, do ponto de vista do bem-estar e do ponto de vista do artesanato, para que a identidade de Portugal, as tradições, sejam mantidas e sejam preservadas”, acrescentou, em declarações à Lusa e à RTP, em Madrid, onde hoje apresentou a obra “Liquid Love”, que passa a estar integrada na coleção “Cadernos de Artista” do Club Matador de Madrid.
O projeto, sublinhou, “envolve muitas pessoas e envolve muitas autorizações”, mas afirmou que está “no bom caminho”.
“Estamos a rumar no sentido certo e espero brevemente poder ter notícias”, disse Joana Vasconcelos.
Segundo revelou, está a trabalhar e a negociar para instalar o museu, que seria construído de raiz, na zona ribeirinha do Tejo, num projeto que teria de envolver, por causa da localização que pretende, as câmaras de Lisboa e Oeiras e a Administração do Porto de Lisboa (APL).
“Portanto, são muitas partes interessadas e, na verdade, tenho tido a sorte de toda a gente achar que o projeto é pertinente”, acrescentou, antes de sublinhar que o objetivo é “poder contribuir ativamente com um equipamento totalmente diferente”, que tenha uma componente relacionada com a pedagogia e “a educação dos mais pequenos”, mas também integre “um lado do lazer” e do “usufruto da arte, não só do objeto final, expositivo, mas o poder ver-se fazer da obra de arte”.
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